quarta-feira, 29 de julho de 2009

Terras de Xisto - Alentejo - Portugal 2007

Cor púrpura, aromas de frutas vermelhas maduras, um leve toque amadeirado. O alcool e a acidêz estão pesando um pouco. Corpo médio, pouco persistente, taninos bem estruturados. Nota: 83pts.

sábado, 25 de julho de 2009

De Martino - Legado Syrah

Acabei de degustar este vinho na agradável companhia de Ricardo Guerra e Silvina, sua esposa. Um vinho bem encorpado com uma cor púrpura vibrante, aromas de especiarias discreto, frutas vermelhas e café. Segundo o Ricardo também tem o aroma de " frescor da manhã" (essa ele viajou mesmo.....rsrsrsr). Peca um pouquinho na persistência e também poderia ter um pouco mais de madeira. Esperava mais pela tradição da vinícola e pelo preço. Nota: 86 pts

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Syrah, a "pimentinha" notável!

Originária do Sul da França (hipótese mais provável), esta extraordinária cepa vem ganhando cada vez mais espaço nas prateleiras e adegas do mundo tudo. De aroma e sabor marcantes, esta uva acaba gerando os dois extremos no que diz respeito à satisfação. Ou se ama, ou se odeia. Produz vinhos, na grande maioria, de alta qualidade, encorpados e com um bom potencial de guarda. Na França ela reina absoluta na região do Rhone, juntamente com sua amiga "grenache" produz vinhos fantásticos como os "Côte-du-Rhône", "Côte-Rotie", "Saint-Joseph", "Hermitage", "Crozes-Hermitage" e o emblemático "Châteauneuf-du-Pape". Quando se abre uma garrafa de Syrah seu perfume preenche todo o ambiente. Cassis, framboesa, morangos, manga, defumados, baunilha, café e, bem marcante os aromas de pimenta do reino(especiarias) e pimentões, são alguns dos aromas que podem ser sentidos nesta cepa. È claro que estes aromas podem variar de acordo com o fabricante, safra, composição das uvas, etc... Geralmente os taninos são moderados e uma acidez equilibrada.
Hoje em dia a Austrália vem se destacando mundialmente na produção deste vinho, graças a um terroir bem propício ao cultivo, tornando-se a uva símbolo deste país. Também merecem destaque a Nova Zelândia, o Chile, a Argentina, a Califórnia (USA) e Africa do Sul. O Brasil também está produzindo bons vinhos de Syrah, plantada no Vale do São Francisco, onde ela teve uma boa adaptação ao solo e clima.
Geralmente é engarrafada em garrafas do tipo borgonhesa, mais gordinha. Esta garrafa é muito usada em uvas mais aromáticas, como a Pinot Noir, para acentuar ainda mais seus aromas.
Podem ser encontrados nos mais variados preços, que variam entreR$30 a R$40,00 até R$400,00 os vinhos premium.
Pode ser degustado tanto como entrada acompanhando queijos de sabor mais forte, ou harmonizado com uma refeição de carnes vermelhas com um tempero mais pronunciado. Certamente será uma experiência marcante!!

Aurora - Colheita tardia

A vinicutultura brasileira vem crescendo a passos largos. Ontem tive uma grata surpresa com este vinho de sobremesa com um corte de Semillion e Malvasia. Um vinho muito aromático (bem floral) e com um sabor intenso e apaixonante, toques de pêssego, caramelo e canela da india. Harmonizei com uma sobremesa de sorvete de creme com geléia de morango quente feita na hora de servir. O casamento foi perfeito. Vale a pena conferir!
O vinho chamado de colheita tardia é feito com a uva bem madura que passou do ponto de colheita e, foi infectada com um fungo chamado "botrytis cinerea", isso mesmo, é feito com uma uva podre. Mas para que esta podridão seja "boa" é necessário que este apodrecimento tenho passado por condições climáticas ideais, ou seja, muita umidade pela manhã e bastante calor ao entardecer. Caso contrário esta podridão será ruim e esta uva não servirá para fazer vinhos.
Nota 88 pts.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Curso de Syrah na Casa do Porto


Aconteceu na noite de ontem mais um dos memoráveis cursos oferecidos pela Casa do Porto, ministrado pelo somellier Gustavo Giacchero, cujo o tema foi a a fantástica uva Syrah, ou Shiraz, como é chamada na Austrália. Confesso que sou apaixonado por essa uva. No curso foram degustados cinco vinhos, sendo quatro chilenos e um da Nova Zelândia, assim descritos e avaliados por mim:

1º - Baron Phillipe Rothslield reserva Syrah 2007 ( Maipo Chile)
Um vinho mais simples porém honesto no que se propõe. Bem jovem, pouco aromático, notando-se discreta madeira ( 6 meses de barrica ) associado a frutas vermelhas e um discreto aroma de pimenta e pimentões vermelhos. Na boca apresentou-se bem alcoolico e com uma acidêz um pouco pronunciada. Um bom corpo com sabores da fruta e compota de amora. Um bom vinho para o dia-a-dia sem o poder de guarda. Nota: 85

2º - Trinity Hill 2004 ( Hawkes Bay - Nova Zelândia )
Um vinho que traduz bem o terroir da Nova Zelândia. Está bem maduro com uma coloração mais atijolada. Nota-se mais os aromas de madeira e pouco os aromas de fruta. Taninos bem discretos, quase não são percebidos. O sabor da madeira mescla-se com um leve toque apimentado.
Nota: 86

3º - Kuyen Orgânico 2006 ( Maipo Chile )
Com uma qualidade muito boa, o Kuyen é um vinho orgânico cujo rigor na produção envolve até um rótulo feito com material reciclável. Com uma cor rubí e um aroma equilibrado entre a madeira e notas picantes de pimenta do reino, pimentão, manga e caramelo. Bem ancorpado, com taninos suaves, acidêz ainda levemente aumentada. Nível de alcool bem adequado e sabores de compotas de frutas vermelhas e pimentas. Um bom vinho que merece uma guarda de mais 2 a 3 anos. Nota: 89

4º - Corrallilo Syrah 2006 ( San Antônio - Chile)
Um dos mais belos exemplares da viticultura chilena. Produzido em clima mais frio pela Matetic, ele apresenta-se muito bem estruturado, envelhecendo 12 meses em barricas de 2º uso. Seus aromas são bem marcantes e representam muito bem este terroir chileno. Nota-se um leve toque amadeirado, mesclado com pimenta do reino negra, café, caramelo e frutas vermelhas. Padrão este que se repete na explosão de sabor ao se experimentar este vinho. Nota: 91

5º - EQ Syrah 2006 ( San Antônio - Chile)
Também produzido pela Matetic, porém agora dom 18 meses de barrica. Apresenta as mesmas características do Corrallilo porém, por ter passado mais tempo em barricas, apresentou-se com um grau de acidêz maior e um retrogosto mais pronunciado. Nada que mais 2 ou 3 anos na garrafa não possam corrigir. Nota: 90

Já está marcado o próximo encontro na Casa do Porto dia 25 de Agosto cujo tema será Assemblages. Pergunta se não estarei lá !!!!!!!!!!!! rsrsrsrs

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Eugênio de Almeida 2007

Na última quinta-feira, em uma agradável visita ao ilustre amigo Ricardo Guerra, degustamos um excelente EA 2007, produto do grande produtor português Eugênio de Almeida. Da mesma vinícola também participam os vinhos "Cartuxa" e o ícone "Pera Manca". O EA só é produzido nas safras consideradas de menor qualidade. Nas safras melhores o mesmo vinhos é chamado de Cartuxa. Nas safras muito boas o nome muda para Cartuxa Reserva e, nas supersafras pruduz-se o Pera Manca. Degustamos o EA, um vinho de qualidade muito boa a um preço bem convidativo. Cor rubí intensa, com lágrimas delicadas, aromas intensos e bem estruturados de café, baunilha, chocolate e frutas vermelhas maduras. Vinho bem encorpado, persistente, harmonioso na madeira, alcool, acidês e frutas vermelhas. Na minha pontuação mereceu 88 pts.

Aqui tudo começou.....

Hoje, dia 20 de julho de 2009, são 9:50hs e estou no meu consultório, entre uma consulta e outra, esperando o próximo cliente, resolví montar este blog. Não sei se vai dar certo, estou apenas tentando criar um espaço para descontrair e divulgar minhas aventuras pelo mundo da enogastronomia. Tentarei, sempre que possível divulgar receitas, vinhos experimentados, sites interessantes, notícias do mundo do vinho, viagens, etc ...