sábado, 17 de dezembro de 2011

Haras Character Cabernet Sauvignon 2004

Mais um grande vinho chileno. Comprei esta garrafa na minha visita ao Chile por recomendação de um amigo. Com certeza não arrependí. Um vinho de cor vermelho escuro já com tons atijolados por ter 7 anos de evolução na garrafa. Apesar do alto teor alcoolico, que incomodou no início, após 40 minutos de aberto transformou e encorpou o vinho conferindo-lhe grandeza e personalidade. Aromas de madeira decorrentes dos 14 meses de barricas são marcantes associados às tradicionais frutas vermelhas maduras da cabernet sauvignon e toques tostados, couro e de pimentão. Na boca, um excelente corpo com taninos bem aveludados e uma persistência muito boa. Apesar a jovialidade da Vinícola Haras de Pirque (criada em 1991), ela demonstra que está no mercado para encarar de frente grandes rótulos Chilenos e da América do Sul em geral. Minha nota: 90pts. Preço: aqui no Brasil pode ser encontrado na Terroir por aproximadamente: R$120,00.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Degustação de espumantes no Outono 81

Aconteceu na noite dasta terça-feira (dia 13/12/2011), uma degustação comentada e harmonizada de espumantes no bar Outono 81. Com a magnífica condução da palestrante Viviane de Oliveira, a casa foi muito feliz na escolha dos rótulos e do menu.
Começamos com um espumante brasileiro Courmayeur Executive extra-brut. Um vinho mais simples, bem fresco, aromas cítricos como abacaxí e lichia. Sua perlagem e persistência não são muito abundantes, deixando um pouco a desejar quando comparado a outros espumantes nacionais. 15% Pinot Noir e 85% Chardonnay, método Charmat. Minha nota para o vinho: 85 pts.
Depois foi servido o El Portillo Extra Brut - Mendoza, Argentina. Um vinho um pouco mais estruturado e mais aromático. Boa perlagem mas sem muita exuberância e persistência. Aromas cítricos, fermento de pão, e manga. 75% Pinot Noir e 25% Chardonnay. Minha nota: 87 pts.
O próximo exemplar foi um Vin Mousseux Veuve Paul Bur Rosé - produzido na região de Bordeaux. Segundo nossa palestrante é um dos espumantes mais vendidos na França (curiosamente não produzido na região de Champagne, daí o nome de "Vin Mousseux"). Uma perlagem bem mais exuberante, produzido pelo método Charmat com um corte de Tempranilho e Granache. Um bom corpo e aromas exuberantes de morango e cerejas. Juntamente com a degustação deste vinho foi servido uma bruscheta de atum com morangos. Minha nota para o vinho: 90 pts.
A Itália também teve seu representante no Prosecco Cuvée  Tanuta Val de Brum, produzido na região de Valdobbiadene, Vêneto. A perlagem, apesar de exuberante, não era muito fina e delicada. Muito pouco aromático, mas na boca mostrou-se com um bom corpo, sabores de mel, pêssego e manga. Foi harmonizado com uma Coca de sardinha, maçã verde e Foie Gras, deliciosa! Minha nota para o vinho: 87 pts. 
O jantar composto de um linguine de frutas, amêndoas e frango defumado foi servido juntamente com uma cava espanhola Castillo Perelada Brut Reserva - Catalunha, Espanha. Tive a grata oportunidade de relembrar minha visita pessoal que fiz a esta vinícola em 2007. Um vinho excelente, produzido pelo método champenoise, com excelente perlagem, exuberante e fina, uma riqueza de aromas e paladares conferem a este vinho uma elegância e sofisticação. Apesar do prato estar delicioso, achei que  a harmonização não foi ideal. A Paul Bur harmonizou melhor. Mas isso não tira o mérito nem do vinho nem do prato. Minha nota para a Cava: 91 pts
Fechamos a noite com uma Champagne Drappier Carte Dór, servida com uma sobremesa de Folhado com creme de champagne e lâminas amêndoas. Um vinho também com um excelente corpo e muito bem estruturado. Perlagem fina e exuberante. Aromas intensos de mel, tostados, fermento e pêssego. Uma cremosidade impressionante. Minha nota: 92 pts.
O balanço final foi muito positivo. Parabéns a Viviane de Oliveira que conduziu de forma explendorosa esta degustação, muito clara e elucidativa, digna da seriedade e grandiosidade do grupo Zahil. 

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

EQ Syrah 2007 - Melhor de 2011


Todo final de ano eu escolho para ocupar o cargo de "melhor do ano". Apesar de faltarem ainda alguns dias para terminar dezembro (ainda pretendo tomar mais alguns bons rótulos), acho que vou me antecipar e eleger o de 2011. Sem sombra de dúvida este Syrah foi o melhor que tomei este ano. Nunca escondi que sou fã de carteirinha desta uva. Não é atoa que o escolhido do ano passado também foi um Syrah, só que da Austrália. Produzido na região de San Antonio no Chile, sua vinícola (Matetic) produz vinhos de excelente qualidade. 
De cor púrpura intensa, seus aromas saltam à taça e nos brindam com frutas vermelhas maduras, tostados, pimentão e um toque amadeirado decorrente dos seus 12 meses de barricas francesas. Na boca se apresentou como um vinho de excelente corpo, taninos macios e aveludados, uma persistência muito boa e um excelente final de boca. O único ponto "negativo" é o preço. Apesar de que, pela qualidade, acho que os R$150,00 são bem pagos. Minha nota: 93 pts (com louvor!). Pode ser encontrado na Casa do Porto Harmoniza muito bem com queijos de massa amarela (um bom parmesão).