domingo, 16 de setembro de 2012

Bordô - Casa Geraldo 2012


Quando se fala em vinho suave, ou vinho de mesa, todo enófilo que se prese torce o nariz. Eu não era diferente até uma recente visita à vinícola Casa Geraldo (vide post ). Assim como os vinhos ditos "finos", ou secos, também existem os suaves de qualidade melhor e os de qualidade inferior. Também os os vinhos de mesa, como qualquer outro vinho, têm regras, ou maneiras de se tomá-lo. O guia que nos conduziu na visita nos mostrou a maneira correta de tomá-lo e, principalmente, algumas "vantagens" em relação ao vinho seco.

Já é comprovado os benefícios que uma ou duas taças de vinho tinto durante as refeições podem trazer à nossa saúde. Porém, se abrimos uma garrafa de tinto seco e tomamos apenas uma taça, temos que usar o Vacuvin (dispositivo para retirar o ar da garrafa) e colocá-lo na geladeira. Mesmo usando este método o vinho seco perde suas características após poucos dias, não sendo o ideal também tomá-lo gelado. Isso sem falar no preço e no teor alcoólico que são mais elevados. 
Já o vinho de mesa é ideal para esta finalidade. É um vinho refrescante, que deve ser tomado gelado e pode ser guardado por vários dias na geladeira sem perder suas características sem a necessidade do Vacuvin, tudo isso a uma baixo custo e um teor alcoólico um pouco mais baixo.
Este vinho da Casa Geraldo é um excelente exemplar nesta categoria. Um vinho bem frutado, um delicioso bouquet de frutas vermelhas e que segue rígidos padrões de qualidade em sua elaboração a um custo bastante convidativo, cerca de R$17,00 a garrafa.
Convido a todo enófilo deixar um pouco o preconceito de lado e experimentar este vinho bem gelado como um aperitivo antes das refeições. Tenho certeza que a surpresa será agradável!
Minha nota: 87pts

sábado, 15 de setembro de 2012

Vinícola Casa Geraldo




A algum tempo postei aqui neste blog um comentário sobre o Prosecco da Casa Geraldo, uma vinícola localizada em Andradas (MG) que me impressionou bastante pela sua qualidade. Isto me motivou a querer visitar esta vinícola, não só pela qualidade dos seus produtos como também pela proximidade do meu domicílio.
A vinícola fundada por uma família de imigrantes italianos a mais de 40 anos está localizada a cerca de 45 quilômetros de Poços de Caldas no município de Andradas. Uma região muito bonita com belos vales e montanhas. Eles começaram produzindo vinhos suaves, também chamados "de mesa". Estes são elaborados pela empresa Campinho. Com o passar dos anos é que veio a elaboração dos vinhos finos por uma nova empresa agregada à inicial, chamada Casa Geraldo. 
Algumas uvas, principalmente as usadas na elaboração dos vinhos secos e espumantes são importadas de Bento Gonçalves. Mas todo o processo de elaboração é feito em Andradas. Falando em espumantes, eles produzem um Prosecco, um Brut e dentro de poucos dias vai chegar ao mercado um rosê meio doce. Todos de excelente qualidade, produzidos pelo método charmat.
A visita foi agradável, com um guia muito simpático, que respondia a todas as perguntas com satisfação e sorriso no rosto.
Certamente um passeio muito bom para quem gosta de bons vinhos, gastando pouco e com qualidade.
Vale a pena conferir.

domingo, 8 de julho de 2012

Sasyr 2007

Um super toscano de excelente qualidade. Produzido em Siena, este vinho(IGT) é um assemblage de Sangiovese e Syrah (o nome é uma abreviatura das iniciais das uvas). Os aromas são discretos, pouca madeira e frutas vermelhas bem marcante. Na boca o vinho mostra toda a sua elegânica. Com bom corpo, taninos aveludados e acidêz discreta. Importador: Decanter. Preço: R$85,00 Minha nota: 89 pts

Emina 2003


Existem momentos na nossa vida que, felizmente, ficam eternizados na nossa lembrança. Alguns dos mais prazerosos momentos que pude vivenciar, foram acompanhados de um bom vinho, uma boa comida e bons amigos. A alguns anos venho guardando esta garrafa na minha adega esperando um momento certo para degustá-lo. 
Como não poderia deixar de ser, meus grandes amigos Ricardo Guerra e Silvina me convidaram para comer um Ragú de Cordeiro com Penne. Decidi que seria este o memento especial que tanto aguardava para abrir esta garrafa.  Deixei aerar em um decanter por aproximadamente 1 hora. Silvina ficou encarregada de fazer o Ragú, que para os que não sabem, nada mais é que um molho de tomates, alecrim, alho pimentão e cogumelos, bem encorpado e acompanhado de uma massa, elaborado com maestria. A harmonização foi perfeita. 
O vinho passou 12 meses em barricas de carvalho, no momento com 9 anos de garrafa, no seu momento máximo de esplendor. Produzido na região de Ribera de Duero. Um bouquet  maravilhoso de amoras, cerejas, mel e aquele toque amadeirado, quase um perfume! Na boca, taninos delicados, equilíbrio perfeito de acidez e teor alccólico. Um candidato sério ao lugar de melhor do ano. 


Comprei esta garrafa na Casa do Vinho. Não me lembro mais o preço, mas foi aproximadamente R$70,00. Robert Parker deu 90pts para este vinho. Vou ser mais generoso. Minha nota: 93pts

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Newen Syrah 2010

Nunca escondi que sou fã desta uva. Com raras excessões, toda vez que comprei um vinho de Syrah, o resultado foi muito bom ou excelente. Mais uma vez não foi diferente. Este argentino é um vinho com muita personalidade. produzido na patagônia argentina e, certamente, incluído na sessão dos bons e baratos. Envelhecido 4 meses em barricas de carvalho e com 100% syrah, este vinho possui um delicioso aroma de futas vermelhas frescas, baunilha e um leve toque de coco. Na boca um boa persistência, taninos bem suaves e acidez bem equilibrada.  Comprei em minha visita a Bariloche, por 36,00 pesos argentinos (aproximadamente R$25,00). Minha nota: 89 pts

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Spanish White Guerrilla - Uma degustação memorável na Casa do Porto

Voltando aos bons e velhos tempos das degustações na Casa do Porto, esta foi dígna dos "reis"... A linha Spanish White Guerrilla é composta por 6 vinhos de uvas diferentes, porém de um mesmo terroir. A linha completa consta de mais dois vinhos barricados, que não foram degustados nesta noite.
 A harmonização ficou por conta do Restaurante Rokkon, que nos proporcionou com uma culinária japonesa de mais alta qualidade. Os vinhos foram surpreendentes. As uvas servidas foram: Verdejo, Gewurztraminer, Sauvignon Blanc, Albariño, Riesling e Chardonnay. De todos o que mais me impressionou foi a Verdejo. Um aroma diferenciado de laranja, pêssego e favo de mel associado a uma linda coloração levemente salmonada. 
Nametaki
Mas, o ponto forte da noite ficou por conta do "Nametaki". Uma conserva de cogumelos acondicionada em uma metade de um limão e servida como se fosse uma ostra. A harmonização com o chardonnay foi perfeita.

A noite foi brilhantemente conduzida pelo Somellier Gustavo. 
Parabéns à Casa do Porto pelo retorno de seus eventos de degustação, que sempre nos brindaram com temas fascinantes e criativos.