sexta-feira, 30 de outubro de 2009

"Depilação Masculina"

Como o nome deste blog é vinho com prosa e este texto que vou relatar foi lido enquanto tomávamos um Riesling da Alsacia, vou relatar aqui algo hilariante que ocasionou bons momentos de risadas, principalmente após algumas taças de vinho. Leiam imaginando a situação descrita.

Depilação Masculina
(Autor desconhecido)

"Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas "partes" íntimas.
Após alguns minutos ela veio com a seguinte ideia. Por que não depilamos os seus ovinhos, assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.
Aquela frase foi igual a sino na minha cabeça. Por alguns minutos fiquei imaginando o que seriam "outras coisas".
Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu imaginando as "outras coisas".
Concordei.
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos necessários para tal feito.
Fiquei olhando para TV, porém minha mente estava vagando pelas novas sensações que só acordei quando escutei o beep do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plásticos. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se como residente.
Fiquei tranquilo e autorizei o restante do processo.
Pediu que eu ficasse numa posição de quase frango assado e liberasse o acesso a zona do agrião.
Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e achei aquela sensação maravilhosa.
O Sr. Pinto já estava todo "pinpão" como quem diz: "sou o próximo da fila!".
Pelo início fiquei imaginado quais seriam as "outras coisas" que viriam.
Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos num plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer. Na Thailándia, na China ou pela internet mesmo.
Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para o lado e deu um puxão repentino.
Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUUUUTA QUEEEE O PARIUUUUU quase falado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado.
Ela disse que ainda restaram alguns pelinhos e que precisava passar de novo.
Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!
Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro.
Sentia o coração bater nos ovos.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molhei o saco antes de molhar a cabeça.
Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo.
Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho novo, faz merda atraz de merda.
Peguei o meu gel após barba com camomila "que acalma a pele", enchi as mãos e passei nos ovos.
Foi como se tivesse passado molho de pimenta!
Sentei no bidé na posição de "lava a checa" e deixei o chuverinho acalmar os dois. Peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10º round.
Olhei para o meu pinto. Ele tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia irmão gêmeo do meu umbigo.
Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e pergunta se eu estava passando bem.
Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou igual a uma gralha.
Saí do banheiro e voltei para o quarto.
Ela estava argumentando que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que domoraríam a voltar a nascer.
Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, meus ovos vão ficar que nem os das codornas, respondi.
Ela pediu para olhar como estavam.
Eu falei para olhar com meio metro de distância e sem tocar em nada, e se ficar rindo, vai entrar na PORRADA!
Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta).
Naquele momento sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar.
Os ovos estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros.
Foi estranho sentir o vento bater nos lugares nunca antes visitados.
Tentei colocar a cueca, mas nada feito.
Procurei alguma cueca de veludo e nada.
Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo.
Entrei na minha sessão igual a um cowboy cagado!
Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos.
E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas devem ser feitos somente pelas mulheres.
Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.

domingo, 25 de outubro de 2009

Uma introdução à Grécia em grande estilo

Estou sempre procurando experimentar vinhos diferentes e de lugares diferentes. Quando não conheço, ou quando não tive nenhuma indicação específica, procuro iniciar por exemplares com preços não muito caros, caso não haja satisfação, pelo menos o gasto não foi alto. Por este motivo, já tive a oportunidade de tomar vinhos de qualidade questionável na ânsia de conhecer novos terroirs. Certamente não foi esse o caso da Grécia. Não tínhamos nenhuma indicação ou referência. As uvas mais comuns da Grécia são praticamente desconhecidas para nós. Baseando-se então no custo, pedimos uma referência ao vendedor que nos indicou um branco e um tinto do mesmo produtor e, segundo ele, vinhos de boa qualidade.
São eles:

Branco:
Nome: Kali Gi
Produtor: Evangelos Tsantalis
Região: Chalkidiki
Uvas: Asyrtiko e Athiri
Safra: 2007
Tinto:
Nome: Nemea Reserve
Produtor: Evangelos Tsantalis
Região: Chalkidiki
Uva: Agiorgitiko
Safra: 2004
Que grata surpresa!!! O branco é um vinho de coloração palha brilhante, aromas suaves e delicados de maçã verde e pera. Na boca outra surpresa - Amêndoas, além de maçã verde, pera e lichia. Cheguei a comentar que me lembrou um Frangélico. Bem suave porém com uma refrescância marcante. Custo: R$27,00 (no Verdemar). Nota: 86pts.
O tinto também nos reservou surpresas. Apesar de uma boa evolução na garrafa (safra 2004), este vinho apresentou características de vinho jovem, porém com um bom corpo e taninos macios. Uma coloração rubí intensa (quase lembrando um jovem beaujolais), aromas de frutas negras maduras e uma madeira bem equilibrada (características de vinhos mais velhos). No início o final de boca não estava muito agradável, mas com cerca de 40 minutos no decanter ele abriu de forma sensacional revelando toda a robustês deste vinho. Custo: R$35,00 (no Verdemar). Nota: 88pts.
Dois exemplares de excelente custo/benefíco e uma boa opção para quem quer conhecer um pouco deste fantástico país.
Para acompanhar, o branco harmonizou muito bem com um gruyere. Já o tinto acho que merecia uma carne vermelha ou talvês uma massa mais condimentada mas, como nós não planejamos a harmonização, fizemos champignons frescos com molho de creme de leite e alho servidos com pão francês que harmonizou relativamente bem com este vinho.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Casa Valduga Elegance 2008 - demisec

Geralmente as mulheres preferem vinhos um pouco mais adocicados. Este espumante da Casa Vaduga foi feito pensando "nelas". Um vinho que faz jus ao nome, "Elegance", com uma perlagem intensa, cor palha dourada, aromas de abacaxí, pêra e cítricos bem equilibrados com um leve sabor adocicado do demi-sec, porém sem exageros. Tudo isso com um custo bem convidativo, R$27,00 na Decanter.
Harmonizou muito bem com um brie que, diga-se de passagem, sem querer fazer fazer propaganda, até porque não ganho nada com isso, é um dos melhores Brie que eu já comí, da marca Cruzília. Ele tem uma casquinha crocante por fora e um recheio bem cremoso por dentro, chega a escorrer quando se corta.
Nota do vinho: 84pts. Nota do Brie: 90pts

Ventoleira - Sauvignon Blanc 2006

Um vinho com muita personalidade. Leve e refrescante, mas sem perder a elegância. Aromas cítricos e florais bem equilibrados com um leve toque de madeira bem discreto. Na boca é deslumbrante, harmonizou muito bem com queijo de cabra e mortadela italiana. Apesar do preço não ser muito convidativo, certamente vale a pena pela excelente qualidade deste Sauvignon Blanc chileno do Leyda Valey. Encontrado na Casa do Porto. Nota: 90pts

sábado, 3 de outubro de 2009

Uma volta ao mundo em quatro vinhos!

Ontem à noite, como de costume, fizemos uma reunião aqui em casa com meu grande amigo e enófilo Ricardo Guerra. O que era para ser apenas um encontro para tomarmos "um vinhozinho", acabou se tornando uma grande noite com uma verdadeira "volta ao mundo enológica"!!!
Iniciamos com um Procceco Italiano Monpellium - Cabernet Sauvignon extra dry, já descrito neste blog anteriormente, iniciamos em grande estilo.

Depois tomamos um rosê francês de syrah - Les Bateaux (Languedoc) 2007. Um vinho de excelente custo/benefício, com um corpo muito bom para um rosê, aromas de cereja intenso e amoras, presentes de forma muito agradável também no seu sabor. Nota: 88pts



Continuamos a viagem saíndo da europa e pousando na Africa do Sul, com um Assemblage de Syrah com Pinotage 2006 - Arniston Bay. Um vinho diferente. Encorpado, sabor marcante. Não sei se neste momento nosso teor alcólico já não era dos menores, mas o Ricardo conseguiu encontrar um sabor de "Hipoglós"!!!! O pior é que eu concordei!!!rsrsrs. Considerando este aspecto um tanto quanto, digamos, diferente, achei que este vinho não foi assim tão surpreendente quanto os dois iniciais. Nota: 82pts.

Terminamos nosma volta ao mundo de forma glamurosa. Kilikanoon Shiraz 2005 - South Australia. Que vinho fantástico!!. Um equilíbrio deslumbrante entre madeira, frutas vermelhas e maduras, taninos macios e aveludados, persistência, enfim, certamente um dos melhores vinhos que eu já tomei. O preço não é dos melhores mas também nada estratosférico. Nota: 94pts
"Este é o cara, quero dizer, o vinho...!!!!