quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mouton Cadet - 2007

Quando comecei a me interessar em estudar e entender um pouco melhor o fascinante mundo da enogastronomia, tenho tido uma certa dificuldade com vinhos franceses tintos, em particular com o Bordeaux.
Sei que sua qualidade é indiscutível. São vinhos maravilhosos e cobiçados por qualquer enófilo que se preze. Mas, baseado nos rótulos que tive a oportunidade de experimentar (todos na faixa de preço entre R$40,00 e R$60,00), minha impressão é de que os bons são os mais caros, pois todos os que eu tomei não me agradaram.
Até tomar o Mouton Cadet. Produzido pela famosa vinícola Baron Philippe de Rothschild, este clássico Bordeaux (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Merlot) me encantou não só no preço como na sua qualidade. Um vinho com aromas intensos e agradáveis de frutas vermelhas maduras e uma madeira não muito acentuada (no ponto). Na boca é um vinho robusto, muito bem equilibrado, com taninos aveludados e excelente persistência. Um vinho fácil de se tomar.
Não é a toa que este é um dos vinhos mais vendidos no mundo. Pode ser encontrado na Casa do Porto por R$55,00 (no momento está em falta em BH, este eu comprei no Free Shop). Minha nota: 90pts

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Don Felipe - Prosecco 2008 - Extra Dry

Outra excelente alternativa para quem deseja um espumante a um preço bastante acessível e de boa qualidade. Produzido e engarrafado em Vazzola na Itália este prosecco possui uma perlagem exuberante, aromas cítricos intensos e uma persistência muito boa na boca.
Um bom exemplar na lista dos "bons e baratos".
Comprado na Casa Rio Verde. Preço: R$19,00.Minha nota 85pts.

Petit Chablis 2008

Um dos vinhos brancos mais conhecidos e difundidos fora da França, o Chablis provém do norte da borgonha, do pequeno vilarejo de Chablis e de 19 outros vilarejos e aldeias do departamento de Yonne. Como em todos os bons borgonhas brancos e cepa usada é o Chardonnay, que cresce em encostas de solo argiloso e de calcário, repleto de conchas fósseis de uma pequena ostra, a Exogyra virgula, o que contribui para uma excelente drenagem do solo. São quatro as denominações do Chablis: grand cru, premier cru, chablis e petit chablis.
Com aromas marcantes de maçã vermelha, pêssego, frutas cítricas e um leve toque de amêndoas, este vinho também se apresentou na boca com uma qualidade muito boa. Um vinho bastante equilibrado porém com um preço não muito convidativo. O produtor é Alain Geoffroy. Teor alcoólico: 12%. Importadora: Decanter. Preço: R$95,00. Minha nota: 88pts.

sábado, 8 de maio de 2010

Nederburg - Rosê Pinotage 2009

Quanto mais o tempo passa, mais aumenta o meu fascínio por este "Néctar de Bacco".
Ontem tive mais uma surpresa fantástica com este vinho sul-africano. Baseado em uma experiência anterior com este produtor (relatada aqui neste blog), decidimos experimentar este rosê de pinotage.
Quando a garrafa foi aberta ainda não tinha chegado à mesa nosso acompanhamento, portanto a degustação inicial foi feita apenas com o vinho. Tanto eu quanto meu amigo Ricardo Guerra achamos o vinho um tanto quanto "chocho", meio docinho, parecia uma espumante demi-sec sem a perlagem.

Pedimos para acompanhar uma Borrata (mussarela de búfala bem cremosa, quase como um requeijão) que foi servida com azeite, tomatinho cereja cortado em pedacinhos e manjericão também bem picadinho. Ao tomarmos o vinho junto com o acompanhamento nossa avaliação do vinho mudou completamente. Foi incrível como o vinho cresceu quando harmonizado corretamente. A borrata acentuou os sabores frutados de cereja e amora transformando um vinho "chocho" em um bom vinho.
Apesar da melhora no seu paladar o vinho pecou na sua persistência e um aroma pouco acentuado.
Eu sempre fui da opinião que determinados vinhos não devem ser apreciados sozinhos e sim acompanhados segundo as regras de uma boa harmonização.
A alguns meses atrás eu tive uma experiência exatamente ao contrário desta de ontem ao participar de uma degustação onde o protagonista era nada menos que um Mouton Rothschild, um premiere grand cru de qualidade indiscutível. Porém não me agradou, provavelmente porque ele foi degustado sem a devida harmonização.
Será que o Robert Parker e outros críticos utilizam também da harmonização para dar notas aos vinhos? Quem souber me responda.
A borrata é uma boa dica para acompanhar um rosê. É muito fácil de fazer e harmoniza muito bem.
Preço: R$31,00 o vinho na Casa do Porto e R$25,00 a borrata. Minha nota para o vinho: Sem a borrata: 80 pts, Com a Borrata: 85pts.