Mais um grande vinho chileno. Comprei esta garrafa na minha visita ao Chile por recomendação de um amigo. Com certeza não arrependí. Um vinho de cor vermelho escuro já com tons atijolados por ter 7 anos de evolução na garrafa. Apesar do alto teor alcoolico, que incomodou no início, após 40 minutos de aberto transformou e encorpou o vinho conferindo-lhe grandeza e personalidade. Aromas de madeira decorrentes dos 14 meses de barricas são marcantes associados às tradicionais frutas vermelhas maduras da cabernet sauvignon e toques tostados, couro e de pimentão. Na boca, um excelente corpo com taninos bem aveludados e uma persistência muito boa. Apesar a jovialidade da Vinícola Haras de Pirque (criada em 1991), ela demonstra que está no mercado para encarar de frente grandes rótulos Chilenos e da América do Sul em geral. Minha nota: 90pts. Preço: aqui no Brasil pode ser encontrado na Terroir por aproximadamente: R$120,00.
sábado, 17 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Degustação de espumantes no Outono 81
Aconteceu na noite dasta terça-feira (dia 13/12/2011), uma degustação comentada e harmonizada de espumantes no bar Outono 81. Com a magnífica condução da palestrante Viviane de Oliveira, a casa foi muito feliz na escolha dos rótulos e do menu.
Começamos com um espumante brasileiro Courmayeur Executive extra-brut. Um vinho mais simples, bem fresco, aromas cítricos como abacaxí e lichia. Sua perlagem e persistência não são muito abundantes, deixando um pouco a desejar quando comparado a outros espumantes nacionais. 15% Pinot Noir e 85% Chardonnay, método Charmat. Minha nota para o vinho: 85 pts.
Depois foi servido o El Portillo Extra Brut - Mendoza, Argentina. Um vinho um pouco mais estruturado e mais aromático. Boa perlagem mas sem muita exuberância e persistência. Aromas cítricos, fermento de pão, e manga. 75% Pinot Noir e 25% Chardonnay. Minha nota: 87 pts.
O próximo exemplar foi um Vin Mousseux Veuve Paul Bur Rosé - produzido na região de Bordeaux. Segundo nossa palestrante é um dos espumantes mais vendidos na França (curiosamente não produzido na região de Champagne, daí o nome de "Vin Mousseux"). Uma perlagem bem mais exuberante, produzido pelo método Charmat com um corte de Tempranilho e Granache. Um bom corpo e aromas exuberantes de morango e cerejas. Juntamente com a degustação deste vinho foi servido uma bruscheta de atum com morangos. Minha nota para o vinho: 90 pts.
A Itália também teve seu representante no Prosecco Cuvée Tanuta Val de Brum, produzido na região de Valdobbiadene, Vêneto. A perlagem, apesar de exuberante, não era muito fina e delicada. Muito pouco aromático, mas na boca mostrou-se com um bom corpo, sabores de mel, pêssego e manga. Foi harmonizado com uma Coca de sardinha, maçã verde e Foie Gras, deliciosa! Minha nota para o vinho: 87 pts.
O jantar composto de um linguine de frutas, amêndoas e frango defumado foi servido juntamente com uma cava espanhola Castillo Perelada Brut Reserva - Catalunha, Espanha. Tive a grata oportunidade de relembrar minha visita pessoal que fiz a esta vinícola em 2007. Um vinho excelente, produzido pelo método champenoise, com excelente perlagem, exuberante e fina, uma riqueza de aromas e paladares conferem a este vinho uma elegância e sofisticação. Apesar do prato estar delicioso, achei que a harmonização não foi ideal. A Paul Bur harmonizou melhor. Mas isso não tira o mérito nem do vinho nem do prato. Minha nota para a Cava: 91 pts
Fechamos a noite com uma Champagne Drappier Carte Dór, servida com uma sobremesa de Folhado com creme de champagne e lâminas amêndoas. Um vinho também com um excelente corpo e muito bem estruturado. Perlagem fina e exuberante. Aromas intensos de mel, tostados, fermento e pêssego. Uma cremosidade impressionante. Minha nota: 92 pts.
O balanço final foi muito positivo. Parabéns a Viviane de Oliveira que conduziu de forma explendorosa esta degustação, muito clara e elucidativa, digna da seriedade e grandiosidade do grupo Zahil.
Marcadores:
Cava,
Champagne,
Degustações,
Espumantes,
Harmonização,
Prosecco,
Vinhos
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
EQ Syrah 2007 - Melhor de 2011
Todo final de ano eu escolho para ocupar o cargo de "melhor do ano". Apesar de faltarem ainda alguns dias para terminar dezembro (ainda pretendo tomar mais alguns bons rótulos), acho que vou me antecipar e eleger o de 2011. Sem sombra de dúvida este Syrah foi o melhor que tomei este ano. Nunca escondi que sou fã de carteirinha desta uva. Não é atoa que o escolhido do ano passado também foi um Syrah, só que da Austrália. Produzido na região de San Antonio no Chile, sua vinícola (Matetic) produz vinhos de excelente qualidade.
De cor púrpura intensa, seus aromas saltam à taça e nos brindam com frutas vermelhas maduras, tostados, pimentão e um toque amadeirado decorrente dos seus 12 meses de barricas francesas. Na boca se apresentou como um vinho de excelente corpo, taninos macios e aveludados, uma persistência muito boa e um excelente final de boca. O único ponto "negativo" é o preço. Apesar de que, pela qualidade, acho que os R$150,00 são bem pagos. Minha nota: 93 pts (com louvor!). Pode ser encontrado na Casa do Porto Harmoniza muito bem com queijos de massa amarela (um bom parmesão).
Marcadores:
Chile,
Melhor do ano,
Syrah,
Vinhos
domingo, 30 de outubro de 2011
Sacred Hill - Shiraz Cabernet 2009
A Austrália sempre me surpreendeu com vinhos muito bons e muitas vezes de baixo custo. Este não foi diferente.
Um custo/benefício muito bom, destinado àqueles momentos que você quer tomar um vinho despretensioso acompanhado de um petisco e sem gastar muito. Um vinho muito aromático, bem característico das suas uvas (70% Shiraz e 30% Cab. Sauvignon). Frutas vermelhas maduras, pimentão verde e pimenta do reino são exuberantes. Percebe-se muito pouca medeira. Na boca tem uma boa persistência, taninos leves levando a uma sensação bastante incomodativa do álcool, mesmo após uma hora de aberto. Não acho que seja um vinho grandioso, mas ele "cumpre o que promete".
Um custo/benefício muito bom, destinado àqueles momentos que você quer tomar um vinho despretensioso acompanhado de um petisco e sem gastar muito. Um vinho muito aromático, bem característico das suas uvas (70% Shiraz e 30% Cab. Sauvignon). Frutas vermelhas maduras, pimentão verde e pimenta do reino são exuberantes. Percebe-se muito pouca medeira. Na boca tem uma boa persistência, taninos leves levando a uma sensação bastante incomodativa do álcool, mesmo após uma hora de aberto. Não acho que seja um vinho grandioso, mas ele "cumpre o que promete".
Minha nota: 84pts. Comprado no Super Nosso por R$35,00.
Marcadores:
Austrália,
Bom e Barato,
Cabernet Sauvignon,
Shiraz,
Vinhos
domingo, 21 de agosto de 2011
Talharim com tomates cereja, azeitonas pretas e shitake
Confesso que massas nunca foram minha especialidade, apesar de gostar muito.
Hoje tomei coragem e dei asas a minha imaginação "sem medo de ser feliz". Não sei se esta receita já existe ou se tem algum nome. Não segui nenhuma receita pronta, apenas fiz do jeito que minha consciência me guiou e achei que deu certo. Uma receita leve e rápida. A massa me foi presenteada por uma cliente que é irmã da proprietária da fábrica. Talharim Rogotto sabor azeitonas pretas. Uma massa caseira de excelente qualidade, que fica no ponto com apenas 2 a 3 minutos de cozimento.
Vamos à receita:
Utilizei cerca de 200gr da massa e coloquei para cozinhar (dá para 2 pessoas).
Dois Shitakes grandes cortados em pedacinhos, sem o talo
Cerca de 12 azeitonas pretas também picadas e sem caroço
Tomates cerejas picados a gosto
Algumas folhinhas de Manjericão (se possível fresco).
Sal a gosto
Parmesão ralado
Azeite extra virgem à gosto
Cozinhe a massa e reserve. Em uma panela derreta uma colher de manteiga e coloque os cogumelos. Cozinhe até que os cogumelos estejam macios (2 a 3 minutos). Adicione sal a gosto (cuidado, o shitake fica salgado com muito pouco sal). Adicione o shitake juntamente com os outros ingredientes à massa e regue com um fio de um bom azeite. Se gostar acrescente parmesão ralado.
Sugiro acompanhar com um bom Chianti. Vai ser uma companhia perfeita.
Marcadores:
Chianti Classico,
Massas,
Receita
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Villa Francioni Chardonnay com Banha Calda
Um prato muito comum na Argentina, a Banha Calda nada mais é que uma deliciosa variação do tradicional Fondue. Um prato bem leve, que tem a vantagem de podermos usar nossa imaginação para inventarmos os mais diversos acompanhamentos. Como todo fondue, deve-se apreciá-lo em dias frios e, quando acompanhado de um bom vinho, bons amigos e uma boa prosa, o sucesso é garantido! Neste caso o vinho foi um Chardonnay da Villa Francioni comprado na própria vinícola (viagem descrita neste blog). Os amigos foram Ricardo e Silvina, cuja nacionalidade portenha nos possibilitou a degustação deste delicioso prato.
Vamos à Receita:
Molho para a "Banha Calda"
1 lata pequena de anchovas (Portuguesas ou Espanholas)
1 cabeça grande de alho
100gr de manteiga
500ml de creme de leite fresco
Prepare uma pasta triturando as anchovas e o alho até ficar homogênia. Em uma panela derreta a manteiga colocando em seguida a pasta de anchovas com o alho. Cozinhar mexendo bem até ficar dourado (amarelado). Não cozinhar demais. Acrescente o creme de leite e adicione sal a gosto. Deixe ferver por alguns minutos e passe para a panela de fondue em fogo bem baixo.
Os acompanhamentos ficam a cargo da sua imaginação. Geralmente são usados os mais diversos legumes (couve-flor, mini-cenouras, batatinhas cozidas, repolho, brócolis), aspargos, champignons, torradas, etc... Use sua imaginação.
A Villa Francioni é uma vinícola que sempre me impressionou pela qualidade dos seus vinhos. Este não é diferente. Um amarelo palha vibrante, aromas de baunilha, abacaxi e pêssego são bem marcantes. Na boca um vinho bem estruturado e equilibrado. Harmonizou muito bem com o prato da noite.
Minha nota: 88pts. Preço: Comprei na vinícola a mais de 1 ano e meio por aproxim. R$60,00.
Marcadores:
Brasil,
Chardonnay,
Harmonização,
Receita,
Vinhos
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Patê de fígado de frango com Porto White
Depois que fiz a cirurgia bariátrica me deparei com a necessidade de aumentar a ingestão do mineral "ferro", pois a incidência de anemia ferropriva em pacientes pós-cirurgia bariátrica é muito comum. Então, por que não aliar a "fome com a vontade de comer?" Sempre fui apaixonado pelo fígado de frango, a ponto de ser capaz de brigar pelo único pedaço na panela do frango de domingo. Fui atrás de uma receita de um patê de fígado de frango que minha saudosa mãe fazia e eu achava uma delícia. Adicionei alguns toques pessoais e, após algumas tentativas, cheguei a uma receita que, a meu ver, é fantástica para quem gosta de fígado de frango e para quem necessita aumentar a ingestão de ferro na alimentação diária. Daí a fazer uma harmonização foi um pulinho só. O vinho do porto harmoniza perfeitamente, seja o branco ou o tinto. Já experimentei os dois e gostei de ambos. Vou também dar uma dica de um vinho do porto bom e barato para o dia-a-dia.
Patê de Fígado de Frango
Ingredientes:
Aproximadamente 250gr de fígado de frango (umas 5 a 6 peças limpas e picadinhas em pedaços grandes)
1/2 cebola grande ralada
Pimenta do reino moída na hora a gosto.
3 dentes de alho amassados
1/2 cálice de vinho madeira branco seco (R) Izidoro
Uma pitada de tempero de alho e sal.
Coloque estes ingredientes em uma recipiente e deixe marinar por aproximadamente 20 minutos.
Em uma panela coloque um fio de azeite e despeje o marinado, cozinhando por 5 minutos. Adicione:
2 colheres de sopa de molho inglês
Noz moscada a gosto (se possível ralada na hora)
2 colheres de sopa de Catchup
2 colheres de sopa de mostarda
1/2 copo de leite.
Cozinhe por mais 5 a 10 minutos sem deixar o molho reduzir muito. Caso isto aconteça acrescente mais um pouco de leite.
Depois bata tudo no liquidificador e coloque em um recipiente (de preferência fervido). Deixe na geladeira por 12 horas. Consumir em até uma semana. Fica muito bom com biscoitos salgados tipo salpet, torradas de pão de sal e ciabatas.
Vinho Porto Insígnia White.
Este vinho eu classifico na sessão de bons e baratos. É um vinho para se deixar em cima da adega e tomar um cálice antes do almoço ou quando for comer a receita acima.
Não custa muito caro e tem uma qualidade razoável.
Vinho produzido na região do douro, de cor palha citrina bem clara, com aromas florais, mel e um leve toque de amêndoas.
Comprado no Supermercado Verdemar. Valor: R$30,00. Minha nota: 84pts
Não custa muito caro e tem uma qualidade razoável.
Vinho produzido na região do douro, de cor palha citrina bem clara, com aromas florais, mel e um leve toque de amêndoas.
Comprado no Supermercado Verdemar. Valor: R$30,00. Minha nota: 84pts
Marcadores:
Bom e Barato,
Harmonização,
Portugal,
Receita,
Vinho do Porto,
Vinhos
terça-feira, 12 de julho de 2011
Santa Ema - Chardonnay Gran Reserva 2009
No último sábado fui ao restaurante Vechio Sogno. Sempre tive o interesse de visitar o local tão recomendado por outras pessoas e recanto do badalado chef Ivo Faria.
Após um delicioso couvert acompanhado de uma Pericó Brut, pedimos o prato principal cujo tema central foi camarão. Minha esposa pediu um risotto de tomates frescos com tempura de camarão e eu fui nos camarões flambados com raviolis negros. O vinho foi sugestão do sommelier da casa. Acertou em cheio!
100% chardonnay com 7 meses de envelhecimento em barricas de carvalho francesas.
Produzido no Vale de Casablanca no Chile. Um vinho muito bem estruturado. Aromas de mel, abacaxí maracujá e um toque de baunilha podem ser percebidos a uma certa distância da taça.
Na boca não podia ser diferente. Um paladar muito fresco com notas deliciosas de avelã e nozes combinado com um leve toque de baunilha completam a excelência deste vinho.
100% chardonnay com 7 meses de envelhecimento em barricas de carvalho francesas.
Produzido no Vale de Casablanca no Chile. Um vinho muito bem estruturado. Aromas de mel, abacaxí maracujá e um toque de baunilha podem ser percebidos a uma certa distância da taça.
Na boca não podia ser diferente. Um paladar muito fresco com notas deliciosas de avelã e nozes combinado com um leve toque de baunilha completam a excelência deste vinho.
Recomendo a todos que quiserem um restaurante mais requintado com uma gastronomia de alto nível. O preços, bom, é melhor deixar prá lá. De vez em quando é bom fazer umas extravagâncias!!!!
Minha nota: 90pts. Valor somente do vinho (no restaurante): R$120,00
Marcadores:
Chardonnay,
Chile,
Restaurantes,
Vale de casablanca,
Vinhos
sábado, 7 de maio de 2011
Villa Francioni Sauvignon Blanc 2008 com Bacalhoada
Este foi o tradicional prato da sexta-feira da paixão. O vinho é muito bom. A qualidade da vinícola Villa Francioni (já foi postada neste blog minha visita à vinícola) é fantástica. Pela acidez característica da uva Sauvinon Blanc talvez a harmonização não tenha cido perfeita, mas valeu pelo prato e pela qualidade do vinho. Acho que um Chardonay teria caído melhor.
O vinho é muito fresco, coloração palha bem clara, aromas bem característicos de abacaxi, pêra e maçã verde. Com uma persistência muito boa.
Comprei este vinho diretamente na vinícola por R$60,00. Minha nota: 87pts
A bacalhoada foi bem tradicional, com o bacalhau Morhua (é o que se desfaz em lascas), apenas cozido na água e assado no forno com batatas, cebolas, pimentões, alho e azeitonas pretas. Bem simples e gostoso.
Individualmente, o prato e o vinho estavam muito bons, mas a harmonização deixou um pouco a desejar. Na verdade quando fui pegar o vinho para colocar na geladeira eu queria pegar o Chardonay também da Villa Francioni, mas como as duas garafas são bem parecidas, eu me confundi e peguei a de Sauvignon Blanc. Só descobri a troca na hora de servir e, aí não dava mais tempo de gelar a outra garrafa.
No final veio uma surpresa agradável. Como estávamos na Páscoa, a sobremesa foi de chocolate com nozes e, como ainda restava vinho na garrafa, experimentei os dois. Foi fantástico! Explicação: a acidez do sauvignon blanc harmoniza muito bem com a gordura e o doce do chocolate. Vale a pena experimentar.
Comprei este vinho diretamente na vinícola por R$60,00. Minha nota: 87pts
A bacalhoada foi bem tradicional, com o bacalhau Morhua (é o que se desfaz em lascas), apenas cozido na água e assado no forno com batatas, cebolas, pimentões, alho e azeitonas pretas. Bem simples e gostoso.
Individualmente, o prato e o vinho estavam muito bons, mas a harmonização deixou um pouco a desejar. Na verdade quando fui pegar o vinho para colocar na geladeira eu queria pegar o Chardonay também da Villa Francioni, mas como as duas garafas são bem parecidas, eu me confundi e peguei a de Sauvignon Blanc. Só descobri a troca na hora de servir e, aí não dava mais tempo de gelar a outra garrafa.
No final veio uma surpresa agradável. Como estávamos na Páscoa, a sobremesa foi de chocolate com nozes e, como ainda restava vinho na garrafa, experimentei os dois. Foi fantástico! Explicação: a acidez do sauvignon blanc harmoniza muito bem com a gordura e o doce do chocolate. Vale a pena experimentar.
Marcadores:
Brasil,
Harmonização,
Receita,
Sauvignon Blanc,
Vinhos
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Carpe Diem - C. Sauvignon 2004 - Gran Reserva
Em tudo na vida a paciência é uma grande virtude. Não poderia ser diferente no mundo dos vinhos. Muitas vezes nossa ansiedade por experimentar os mais diferentes vinhos nos leva a tomar vinhos jovens sem tirar dele todo esplendor da sua maturidade. Quantas vezes já escutei comentários como: "vai guardar este vinho? Vai virar vinagre!!", ou "Para que guardar, não vai mudar nada no sabor...!!!"
Por algumas vezes aqui neste blog eu pude comentar sobre a importância de se esperar até que o vinho atinja a sua maturidade.
Hoje trago mais um exemplo. Este vinho está na melhor da sua plenitude, 18 meses de barrica de carvalho e 6 anos de garrafa.
Ainda apresenta uma cor rubi fascinante, aromas exuberantes de frutas vermelhas maduras perfeitamente equilibrado com aquele toque de carvalho francês. Na boca é simplesmente perfeito, taninos macios aveludados com uma persistência excelente.
Em outras palavras, "a maturidade e a sabedoria dos 50 com a aparência e o espírito dos 30...".
Um forte nome para entrar na lista dos melhores do ano!
Importadora: Casa do Porto, Valor: Tem muito tempo que comprei e provavelmente vai ser difícil de achar esta safra no mercado. Acho que paguei na faixa dos R$50 a R$60,00.
Minha nota: 94pts ( Esta é a nota máxima que eu já dei nas minhas avaliações, não vou dar mais para sobrar pontos para aqueles considerados ícones e que ainda não tomei...)
Por algumas vezes aqui neste blog eu pude comentar sobre a importância de se esperar até que o vinho atinja a sua maturidade.
Hoje trago mais um exemplo. Este vinho está na melhor da sua plenitude, 18 meses de barrica de carvalho e 6 anos de garrafa.
Ainda apresenta uma cor rubi fascinante, aromas exuberantes de frutas vermelhas maduras perfeitamente equilibrado com aquele toque de carvalho francês. Na boca é simplesmente perfeito, taninos macios aveludados com uma persistência excelente.
Em outras palavras, "a maturidade e a sabedoria dos 50 com a aparência e o espírito dos 30...".
Um forte nome para entrar na lista dos melhores do ano!
Importadora: Casa do Porto, Valor: Tem muito tempo que comprei e provavelmente vai ser difícil de achar esta safra no mercado. Acho que paguei na faixa dos R$50 a R$60,00.
Minha nota: 94pts ( Esta é a nota máxima que eu já dei nas minhas avaliações, não vou dar mais para sobrar pontos para aqueles considerados ícones e que ainda não tomei...)
Marcadores:
Cabernet Sauvignon,
Chile,
Vale do Maule,
Vinhos
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Strogonof de Camarão com Gewrstraminer da Alsácia
Após um longo período de inatividade, volto a me dedicar a este blog, espero que agora, sem interrupções.
Uma receita deliciosa harmonizada com um vinho fantástico, com um custo/benefício excelente. A uva já foi comentada neste blog é uma das minhas uvas brancas preferidas. Os vinhos de Gewrstraminer, principalmente os franceses da Alsácia, são vinhos muito refrescantes e fásceis de se beber. Não são vinhos muito ácidos como os Sauvignon Blanc, por exemplo, e possuem um aroma floral intenso e fascinante, associado aos aromas frutados de lichia, abacaxí e maçã verde, igualmente deliciosos. Este especificamente foi um "Les Faitieres" 2007, com a vantagem de existir meia garrafa para venda. Comprado na "Casa do Vinho"
Preço: Aproximadamente R$25,00 (meia garrafa). Minha nota: 88pts
A harmonização foi com um "Strogonoff de Camarão" muito fácil de fazer e que harmonizou muito bem. Vamos à receita (para duas pessoas comerem bem):
Preço: Aproximadamente R$25,00 (meia garrafa). Minha nota: 88pts
A harmonização foi com um "Strogonoff de Camarão" muito fácil de fazer e que harmonizou muito bem. Vamos à receita (para duas pessoas comerem bem):
- 1/2 kg de camarão rosa grande decascado e sem cabeça
- Sal e pimenta do reino a gosto
- 3 dentes de alho amassados
Tempere os camarões com sal, a pimenta(melhor se moída na hora) e o alho. Deixe descansar por 10 a 15 minutos até pegar gosto.
Molho:
Molho:
- 2 colheres de sopa de manteiga
- 1 cebola ralada
- 1 colher de sopa cheia de farinha de trigo
- 2 copos de leite
- Sal e pimenta do reino a gosto
- Nóz moscada
- 1 caixinha de creme de leite
- 3 colheres (sopa) de Ketchup
- 1 colher (sopa) de mostarda
Junte todos estes ingredientes em uma panela(deixe o creme de leite, o ketchup e a mostarda por último). Se empelotar o molho passe por uma peneira e volte ao fogo brando até engrossar.
Em uma frigideira separada. Coloque um fio de azeite e frite os camarões rapidamente (2 a 5 minutos). Adicione alguns champignons e um toque de salsinha picadinha bem fininha. Junte o camarão e os champignons ao molho e sirva a seguir com arroz branco e, se quiser, babatas soutê ou palha.
É dos Deuses...!!!
Em uma frigideira separada. Coloque um fio de azeite e frite os camarões rapidamente (2 a 5 minutos). Adicione alguns champignons e um toque de salsinha picadinha bem fininha. Junte o camarão e os champignons ao molho e sirva a seguir com arroz branco e, se quiser, babatas soutê ou palha.
É dos Deuses...!!!
Marcadores:
Alsacia,
Bom e Barato,
França,
Gewurztraminer,
Harmonização,
Receita,
Vinhos
domingo, 16 de janeiro de 2011
Alamos Chardonnay 2008 + Vermelho com molho de Caviar no "Osteria". Combinação perfeita!
Não é a toa que um dos meus restaurantes prediletos em Belo Horizonte é o "Osteria" (Rua Soledade 26 - Santa Efigênia). Já tive a oportunidade de publicar neste blog um delicioso jantar regado ao Espumante Castellamare no ano passado. Hoje voltei e minha impressão não foi diferente.
Não bastasse a fina e agradável decoração, o atendimento é impecável, uma carta de vinhos de dar inveja a muita adega por aí e as opções de cardápio ricamente elaboradas e fartas.
Hoje minha escolha foi:
"Filetto di pesce con crema di bottarga e risotto allo zefferano", ou seja, Filet de vermelho com creme de caviar do mediterrâneo acompanhado de risoto de açafrão. Para acompanhar um delicioso Alamos Chardonnay 2008 - Catena, Argentino (1/2 garrafa).
A harmonização foi perfeita. O vinho tem uma coloração amarelo dourado (devido aos 6 meses de envelhecimento em carvalho francês). Um aroma delicado e agradável de baunilha e abacaxí. Na boca um vinho cremoso e amanteigado. A madeira não se sobrepõe aos sabores da fruta dando a este vinho em equilíbrio muito bom. Recebeu 88 pts da Wine Enthusiast e 87 pts do Robert Parker na safra 2007.
O prato, como todos na Osteria, ricamente elaborado. Muito bem servido (Conseguí comer somente a metade (vide foto), foi o que a minha gastroplastia me permitiu. Levei o restante para terminar em casa hoje a noite!). O creme de Caviar é bem delicado, combinou muito bem com o peixe (Vermelho) e com o risotto de açafrão.
Minha nota para o vinho: 88pts. Preço: R$33,00 (no restaurante), Importadora: Mistral (R$15,86 no site da Mistral). Prato: R$54,00. Minha nota para o almoço, o restaurante e o atendimento: 100! (Com certeza voltarei outras vezes!)
Hoje minha escolha foi:
"Filetto di pesce con crema di bottarga e risotto allo zefferano", ou seja, Filet de vermelho com creme de caviar do mediterrâneo acompanhado de risoto de açafrão. Para acompanhar um delicioso Alamos Chardonnay 2008 - Catena, Argentino (1/2 garrafa).
A harmonização foi perfeita. O vinho tem uma coloração amarelo dourado (devido aos 6 meses de envelhecimento em carvalho francês). Um aroma delicado e agradável de baunilha e abacaxí. Na boca um vinho cremoso e amanteigado. A madeira não se sobrepõe aos sabores da fruta dando a este vinho em equilíbrio muito bom. Recebeu 88 pts da Wine Enthusiast e 87 pts do Robert Parker na safra 2007.
O prato, como todos na Osteria, ricamente elaborado. Muito bem servido (Conseguí comer somente a metade (vide foto), foi o que a minha gastroplastia me permitiu. Levei o restante para terminar em casa hoje a noite!). O creme de Caviar é bem delicado, combinou muito bem com o peixe (Vermelho) e com o risotto de açafrão.
Minha nota para o vinho: 88pts. Preço: R$33,00 (no restaurante), Importadora: Mistral (R$15,86 no site da Mistral). Prato: R$54,00. Minha nota para o almoço, o restaurante e o atendimento: 100! (Com certeza voltarei outras vezes!)
Marcadores:
Argentina,
Chardonnay,
Harmonização,
Restaurantes
sábado, 15 de janeiro de 2011
Vigneau-Chevrau Vouvray Brut
Mais um exemplo de que para se beber bem no mundo dos vinhos não precisa comprar os mais caros.
Esta champagne produzida no Vale do Loire (Appellation Vouvray Contrôlée) pelo método tradicional com a uva Chenin Blanc (100%) possui todas as características bem peculiares do terroir onde é produzida.
Elaborada com uma cultura biodinâmica, as uvas são colhidas a mão no mês de outubro e prensadas lentamente. O suco obtido é deixado descansar por 24 hs para decantação dos sólidos e escoado para tanques e tonéis. Após a fermentação tradicional, o vinho é engarrafado e passa pela segunda fermentação nas garrafas.
Uma coloração palha bem clara com uma aroma exuberante (frutas cítricas, pêssego, mel, baunilha) e uma perlagem abundante mais não muito persistente.
Na boca um vinho com personalidade. Equilibrado, macio e com uma boa persistência gustativa.
OBS: Tomei este vinho ontem e trouxe a garrafa para minha casa para que eu pudesse escrever este post hoje. A garrafa está vazia ao meu lado e o aroma do vinho está tomando conta de toda a sala onde me encontro. Fantástico!
O Vale do Loire fica a cerca de 200 km a sudoeste de Paris e desperta enorme interesse turístico, por concentrar os mais belos e luxuosos castelos da França. Graças aos castelos medievais e renascentistas, aos vinhedos e às cavernas feitas nas encostas para adegar o vinho, o Vale do Loire disputa o título, cobiçado em um país tão atraente, de região mais bela da França.
Esta é uma das regiões vinícolas mais extensas do país e uma das que apresentam maior diversidade. Há tudo nesta encantadora área: brancos secos e doces, tintos joviais e tintos concentrados, vinhos espumantes e bons rosados.
As plantações de vinhas seguem o curso do rio e podem ser divididas em três regiões: Alto Loire a leste, nas cabeceiras do grande rio; Loire Central e Atlântico, no extremo oeste perto da foz. Cada uma destas áreas tem suas peculiaridades.
O Loire Atlântico produz o Muscadet de Sevre e et Maine (já comentado aqui neste blog). Na outra ponta do rio a uva Sauvignom blanc mostra a sua melhor face na denominações Sanserre e Poully-Fumé. A área central é mais diversificada em opções, destacando-se a Cabernet Franc que produz tintos leves, a Chenin blanc e a rara Grolleau, uva do famoso Rosé D´Anjou, um dos rosados mais conhecidos do mundo.
Um breve histórico sobre a uva Chenin Blanc:
É uma espécie antiga, cultivada desde o século IX em Anjou, na França. Hoje é cultivada no mundo inteiro. Na França é denominada Pineau de la Loire ou Pineau D´Anjou. Na América do Sul como Pinot Blanco e na Africa do Sul como Chenin Blanc Steen.
Como esta uva é muito susceptível ao ataque pelo fungo Botrytis, ela também é muito utilizada para a produção de vinhos doces. Por outro lado, sua acidez marcante a torna bem propícia a produção de espumantes.
Segundo palavras da crítica de vinhos inglesa Jancis Robinson: "é a camaleão das espécies de uva..."
Minha nota: 88pts, Tomei no restaurante Amadeus (BH). Preço: R$68,00. Importadora: Premium.
Fontes de pesquisa:
http://www.premiumwines.com.br
http://www.adega24.com
Coleção Folha O Mundo do Vinho (França)
Elaborada com uma cultura biodinâmica, as uvas são colhidas a mão no mês de outubro e prensadas lentamente. O suco obtido é deixado descansar por 24 hs para decantação dos sólidos e escoado para tanques e tonéis. Após a fermentação tradicional, o vinho é engarrafado e passa pela segunda fermentação nas garrafas.
Uma coloração palha bem clara com uma aroma exuberante (frutas cítricas, pêssego, mel, baunilha) e uma perlagem abundante mais não muito persistente.
Na boca um vinho com personalidade. Equilibrado, macio e com uma boa persistência gustativa.
OBS: Tomei este vinho ontem e trouxe a garrafa para minha casa para que eu pudesse escrever este post hoje. A garrafa está vazia ao meu lado e o aroma do vinho está tomando conta de toda a sala onde me encontro. Fantástico!
O Vale do Loire fica a cerca de 200 km a sudoeste de Paris e desperta enorme interesse turístico, por concentrar os mais belos e luxuosos castelos da França. Graças aos castelos medievais e renascentistas, aos vinhedos e às cavernas feitas nas encostas para adegar o vinho, o Vale do Loire disputa o título, cobiçado em um país tão atraente, de região mais bela da França.
Esta é uma das regiões vinícolas mais extensas do país e uma das que apresentam maior diversidade. Há tudo nesta encantadora área: brancos secos e doces, tintos joviais e tintos concentrados, vinhos espumantes e bons rosados.
As plantações de vinhas seguem o curso do rio e podem ser divididas em três regiões: Alto Loire a leste, nas cabeceiras do grande rio; Loire Central e Atlântico, no extremo oeste perto da foz. Cada uma destas áreas tem suas peculiaridades.
O Loire Atlântico produz o Muscadet de Sevre e et Maine (já comentado aqui neste blog). Na outra ponta do rio a uva Sauvignom blanc mostra a sua melhor face na denominações Sanserre e Poully-Fumé. A área central é mais diversificada em opções, destacando-se a Cabernet Franc que produz tintos leves, a Chenin blanc e a rara Grolleau, uva do famoso Rosé D´Anjou, um dos rosados mais conhecidos do mundo.
Um breve histórico sobre a uva Chenin Blanc:
É uma espécie antiga, cultivada desde o século IX em Anjou, na França. Hoje é cultivada no mundo inteiro. Na França é denominada Pineau de la Loire ou Pineau D´Anjou. Na América do Sul como Pinot Blanco e na Africa do Sul como Chenin Blanc Steen.
Como esta uva é muito susceptível ao ataque pelo fungo Botrytis, ela também é muito utilizada para a produção de vinhos doces. Por outro lado, sua acidez marcante a torna bem propícia a produção de espumantes.
Segundo palavras da crítica de vinhos inglesa Jancis Robinson: "é a camaleão das espécies de uva..."
Minha nota: 88pts, Tomei no restaurante Amadeus (BH). Preço: R$68,00. Importadora: Premium.
Fontes de pesquisa:
http://www.premiumwines.com.br
http://www.adega24.com
Coleção Folha O Mundo do Vinho (França)
Marcadores:
Champagne,
Chenin Blanc,
França,
Vale do Loire,
Vouvray
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Cave Pericó Brut Branco 2010
A muito tempo tinha a intenção de experimentar este espumante, produzido em São Joaquim - SC pela Vinícola Pericó. Esta jovem vinícola iniciou suas atividades de plantio em 2004 com mudas importadas da europa. De propriedade da Malwee Malhas, esta vinícola vem surpreendendo pela qualidade dos seus vinhos e, por isto vem conquistando seu espaço e prêmios.
Este espumante é produzido pelo método Charmat, ou seja, fermentação em tonéis de aço inox, com um corte bem diferente composto por Cabernet Sauvignon 40%, Merlot 28% e Chardonay 32%. Seus vinhedos localizam-se a uma altitude de 1300m acima do nível do mar.
Uma coloração amarelo palha vibrante e intensa, uma perlagem fina e exuberante, um olfato muito agradável de frutas cítricas (principalmente abacaxi) e frutas brancas (maçã, pêra e lichia).
Na boca mostrou-se um vinho muito equilibrado, com uma boa acidez e persistência e um leve e agradável toque de amêndoas.
Este espumante recebeu medalha de ouro no concurso mundial de Bruxelas em setembro de 2010.
Minha nota: 85pts, Comprado na Expand por R$35,00 (Também pode ser encontrado no Verdemar)
Uma coloração amarelo palha vibrante e intensa, uma perlagem fina e exuberante, um olfato muito agradável de frutas cítricas (principalmente abacaxi) e frutas brancas (maçã, pêra e lichia).
Na boca mostrou-se um vinho muito equilibrado, com uma boa acidez e persistência e um leve e agradável toque de amêndoas.
Este espumante recebeu medalha de ouro no concurso mundial de Bruxelas em setembro de 2010.
Minha nota: 85pts, Comprado na Expand por R$35,00 (Também pode ser encontrado no Verdemar)
Marcadores:
Bom e Barato,
Brasil,
Cabernet Sauvignon,
Chardonnay,
Espumantes,
Merlot,
São Joaquim
domingo, 2 de janeiro de 2011
Petrópolis em grande estilo (2) - Continuação
Assinar:
Postagens (Atom)