quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vertical de Almaviva na Casa do Porto






Aconteceu ontem na Casa do Porto mais um daqueles memoráveis encontros, que sempre acabam com um gostinho de "quero mais...". Estiveram presentes o enólogo responsável pela produção do Almaviva e do Escudo Rojo, Sr. Michele Friou juntamente com o diretor presidente do grupo Baron Philippe Rothchild no Chile, Sr. Frederic de Geloes.
A degustação se iniciou com o Escudo Rojo 2007, um vinho robusto, elegante e marcante. Ainda um pouco jovem, mas certamente um grande vinho. Nota: 89pts.
Passou-se então a uma fantástica vertical do Almaviva, iniciando-se com a safra 1998, 2001, 2002 e 2004. O lendário Almaviva, presente na lista de desejos de consumo de todo enófilo que se preze, é fruto de uma "Joint Venture" entre o grupo Baron Philippe Rothschild e a Concha y Toro, maior vinícola do Chile. O nome Almaviva provém da literatura francesa. "El conde de Almaviva" é o nome de uma famosa obra de Le Beumarchais, autor também da famosa obra "O barbeiro de Sevilha (1775).

O Almaviva 1998, um corte de 72% de Cabernet Sauvignon, 26% de Carmenere e 2% de Cabernet Franc, mostrou ser um vinho com um bela capacidade de envelhecimento. Mesmo não sendo uma das melhores safras em termos climáticos o vinho mostrou uma satisfatória evolução na garrafa. Já com uma coloração mais atijolada, uma aroma bem marcante do carvalho, baunilha, café e tostados, este vinho mostrou-se na boca com taninos bem suaves e um retrogosto bem aveludado. Nota: 90pts

A safa 2001 foi um ano com uma grande quantidade pluviométrica, causando uma colheita de mais estrutura e concentração. O corte ficou em 70% de Cabertnet Sauvignon, 27% carmenere e 3% de Cabernet Franc. O aroma de carvalho está mais harmonioso com os aromas de frutas vermelhas e florais. Taninos mais presentes porém elegantes. Um vinho com muita força e arrogância. Persistencia muito boa. Nota: 91pts

Bem semelhante ao 2001, apresentou-se a safra 2002. Um vinho bastante equilibrado, encorpado, taninos elegantes, boa persistência e retrogosto aveludado. Nota: 91 pts.

Já com um potencial apaixonante, a safra 2004 veio com um corte apenas de Cabernet Sauvignon (72%) e Carmenere (28%). Um vinho que já nasceu grande e com um potencial de guarda excepcional. Na boca mostrou com perfeição a integração emtre o carvalho francês e os sabores das frutas vermelhas como o morango e cerejas. Taninos um pouco mais acentuados devido a sua jovialidade. Nota:92pts

Para um "gran finale" a Caso do Porto nos brindou com uma garrafa do Chateau Mouton Rothschild safra 1999. Este maravilhoso 1er cru composto por um corte de Cabernet Sauvignon (86%), Merlot (12%) e Cabernet Franc (2%), mostrou toda a riqueza de aromas e sabores de um grande Bordeaux. Um vinho rico, intenso de prazeres e extremamente aveludado. Nota: 94pts.

Meus parabéns à Casa do Porto por esta noite maravilhosa e memorável, digna da grandeza e da competência desta empresa.

2 comentários:

  1. Concordo com você, Escudo Rojo é um vinho muito bem feito e encantador, e o Almaviva dispensa apresentações maiores... que demostrar todo o potencial do terroir chileno. - VIVA CHILE!!!
    Obrigado mais uma vez pela sua presença nas nossas degustações. E não se esqueça que dia 18 de agosto temos encontro marcado com nada mais nada menos que o bad boy Jean Luc Thunevin. Esta degustação será imperdível!
    Gustavo Giacchero - Casa do Porto

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  2. Cumprimentos, Confrade, pelos excelentes vinhos degustados! Aprecio muito o Alma Viva.

    Abs.


    Neri Cavalheiro

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