Aconteceu ontem na Casa do Porto mais um daqueles memoráveis encontros, que sempre acabam com um gostinho de "quero mais...". Estiveram presentes o enólogo responsável pela produção do Almaviva e do Escudo Rojo, Sr. Michele Friou juntamente com o diretor presidente do grupo Baron Philippe Rothchild no Chile, Sr. Frederic de Geloes.
A degustação se iniciou com o Escudo Rojo 2007, um vinho robusto, elegante e marcante. Ainda um pouco jovem, mas certamente um grande vinho. Nota: 89pts.
Passou-se então a uma fantástica vertical do Almaviva, iniciando-se com a safra 1998, 2001, 2002 e 2004. O lendário Almaviva, presente na lista de desejos de consumo de todo enófilo que se preze, é fruto de uma "Joint Venture" entre o grupo Baron Philippe Rothschild e a Concha y Toro, maior vinícola do Chile. O nome Almaviva provém da literatura francesa. "El conde de Almaviva" é o nome de uma famosa obra de Le Beumarchais, autor também da famosa obra "O barbeiro de Sevilha (1775).
O Almaviva 1998, um corte de 72% de Cabernet Sauvignon, 26% de Carmenere e 2% de Cabernet Franc, mostrou ser um vinho com um bela capacidade de envelhecimento. Mesmo não sendo uma das melhores safras em termos climáticos o vinho mostrou uma satisfatória evolução na garrafa. Já com uma coloração mais atijolada, uma aroma bem marcante do carvalho, baunilha, café e tostados, este vinho mostrou-se na boca com taninos bem suaves e um retrogosto bem aveludado. Nota: 90pts
A safa 2001 foi um ano com uma grande quantidade pluviométrica, causando uma colheita de mais estrutura e concentração. O corte ficou em 70% de Cabertnet Sauvignon, 27% carmenere e 3% de Cabernet Franc. O aroma de carvalho está mais harmonioso com os aromas de frutas vermelhas e florais. Taninos mais presentes porém elegantes. Um vinho com muita força e arrogância. Persistencia muito boa. Nota: 91pts
Bem semelhante ao 2001, apresentou-se a safra 2002. Um vinho bastante equilibrado, encorpado, taninos elegantes, boa persistência e retrogosto aveludado. Nota: 91 pts.
Já com um potencial apaixonante, a safra 2004 veio com um corte apenas de Cabernet Sauvignon (72%) e Carmenere (28%). Um vinho que já nasceu grande e com um potencial de guarda excepcional. Na boca mostrou com perfeição a integração emtre o carvalho francês e os sabores das frutas vermelhas como o morango e cerejas. Taninos um pouco mais acentuados devido a sua jovialidade. Nota:92pts
Para um "gran finale" a Caso do Porto nos brindou com uma garrafa do Chateau Mouton Rothschild safra 1999. Este maravilhoso 1er cru composto por um corte de Cabernet Sauvignon (86%), Merlot (12%) e Cabernet Franc (2%), mostrou toda a riqueza de aromas e sabores de um grande Bordeaux. Um vinho rico, intenso de prazeres e extremamente aveludado. Nota: 94pts.
Meus parabéns à Casa do Porto por esta noite maravilhosa e memorável, digna da grandeza e da competência desta empresa.
Concordo com você, Escudo Rojo é um vinho muito bem feito e encantador, e o Almaviva dispensa apresentações maiores... que demostrar todo o potencial do terroir chileno. - VIVA CHILE!!!
ResponderExcluirObrigado mais uma vez pela sua presença nas nossas degustações. E não se esqueça que dia 18 de agosto temos encontro marcado com nada mais nada menos que o bad boy Jean Luc Thunevin. Esta degustação será imperdível!
Gustavo Giacchero - Casa do Porto
Cumprimentos, Confrade, pelos excelentes vinhos degustados! Aprecio muito o Alma Viva.
ResponderExcluirAbs.
Neri Cavalheiro