quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Errata
domingo, 13 de dezembro de 2009
Quinta da Garrida - D.O.C. Reserva 2004 (Portugal - Dão)
Elaborado com a uva Touriga Nacional (principal uva produzida na região do Rio Dão e considerada a melhor uva de Portugal), o que dá a este vinho um corpo marcante e bem estruturado, taninos macios e aveludados. O delicioso sabor amadeirado é dado pelo envelhecimento de 12 meses em barricas Francesas e Russas. Aromas e sabores de frutas vermelhas maduras com uma boa persistência e um retrogosto bem agradável. O enólogo é Francês (Pascal Chatonnet). Alcool: 14,5%. Harmonizou muito bem com uma Paella Valenciana, ricamente elaborada pela nossa querida Silvina.
Muros Antigos 2007 - Portugal (Uva: Loureiro)
Coloração palha dourada, aromas cítricos, pera e maçã verde. Um vinho com corpo bem estruturado. Sabores florais e frutados com uma acidez mais acentuada que não chegou a incomodar.
A literatura descreve a uva loureiro como integrante da composição dos vinhos verdes. Há um citação bem discreta no rótulo trazeiro deste vinho, o que nos deixou em dúvida se realmente estavamos bebendo um vinho verde.
Preço: R$46,00 (Supernosso) Nota: 87pts
Muscadet - Sèvre e Maine (França)
Preço: R$35,00 (Carrefour). Nota: 83pts (por enquanto!)
domingo, 29 de novembro de 2009
Bienvenue Beaujolais Nouveau 2009 !
Talvêz seja esta uma estratégia de marketing associada ao grande espetáculo que é a distribuição mundial deste vinho no Beaujolais Day.
O fato é que, este ano ele está deliciosamente especial. A informação que me foi passada pela importadora é que a produção desta safra foi menor, o que elevou a qualidade do produto.
Uma explosão de aromas frutados como cerejas e maçãs saltam na taça como pipocas no fogo. Um sabor marcante de frutas vermelhas nos fazem pensar que estamos em um pomar de morangos cobertos ainda com o orvalho do amanhecer de tão refrescante. Um vinho para ser bebido rápido, pois, ao contrário de outros, ele não evolue na taça, chegando até a dar a impressão de uma leve oxidação com 30 minutos depois de aberto.
Para quem gosta, é um vinho marcante, diferente e que vale a pena esperar todo final de ano para degustá-lo. Comparações a parte, mas parece com a expectativa anual do show do Roberto Carlos!
Importadora: Mistral (R$83,00). Nota: 89pts
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Curso de vinhos Rosés - Casa do Porto
1) Allegro Rosé 2007 (Chile - Maipo): Cabernet Sauvignon com Carmenere. Aromas de morango e cerejas bem evidentes. Na boca um vinho bem equilibrado, com boa acidez e um corpo bem estruturado. Nota: 85pts.
2) Chateau Le Grand Verdus 2007 (França): Cabernet Sauvignon com Merlot. Aromas mais adocicados, lembrando figos e tuti-fruti. Na boca mostrou-se bem mais ácido (chegando a incomodar um pouco) e menos estruturado. Comparado aos outros da noite deixou bem a desejar. Nota: 83pts.
3)J. Bouchon 2007 (Chile - Maule): 100% cabernet Sauvugnon. Na minha opinião foi um dos pontos altos da noite. Aromas refrescantes de cerejas, um leve aroma de defumados mesclados com frutas mais maduras. Um vinho com uma estrutura muito bem equilibrada e ótima persistência. Nota: 87pts.
Depois passamos aos espumantes. Neste momento fizemos a degustação às cegas e tivemos uma grata surpresa no final. Foram degustados três marcas diferentes, um italiano e dois nacionais. Por unanimidade elegemos um dos nacionais como o melhor entre os três, Cave Amadeu Brut (Pinot Noir, produtor Mario Geisse). Suas perlagens e sua musse estavam indiscutivelmente bem superiores aos outros dois. Foi o mais equilibrado, com aromas de compotas de morango e cerejas, com bom corpo e persistência.
O segundo melhor foi o outro espumante nacional, curiosamente do mesmo produtor do Amadeu, o Cave Geisse Brut Rosè (Pinot Noir). Um vinho também muito bem estruturado , mais encorpado, porém ficou devendo na presistência da sua perlagem.
Por último ficou o Prosecco Italiano Mompellium (Prosecco com cabernet sauvignon). Mais leve e com pouca perlagem. Se não estivesse sendo comparado aos outros dois eu diria que é um bom espumante (já fiz um outro comentário dele aqui neste blog).
Foi uma noite muito agradável, discutimos vários pontos em relação a produção e harmonização dos rosès. Apenas sentí falta do Vila Franchionni Rosè, mas segundo o Gustavo ele está em falta no mercado.
sábado, 21 de novembro de 2009
Tiento Monte Carmenere reserva - 2007
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Grécia II
Iniciamos com o Retsina - Attikis - 2004. Um vinho realmente diferente, muito refrescante, ideal para o verão que está vindo por aí. Coloração palha mais amarelada, pouco denso, aromas florais e cítricos. Achei nele um aroma diferente, de "esparadrapo", talvez pela resina que vai na composição deste vinho. Também um pouco de erva doce. Um vinho simples, fácil de beber, com um bom custo benefício. R$20,00 no Verdemar. Nota 84pts.
A seguir experimentamos o Metoxi Chromitisa - 2004 (Cabernet Sauvignon - Linimio). Um vinho mais robusto, com uma personalidade bem marcante. Cor púrpura intensa e taninos mais rudes e acentuados, a exemplo do outro tinto que tomamos, um vinho um pouco mais envelhecido mas com algumas características de vinho mais jovem. Aromas de frutas vermelhas maduras, café, baunilha e, eu senti bem evidente, o aroma de cavalo ou estábulo. Na boca ele foi melhor quando harmonizado com um ravioli de cordeiro. Quando degustado sozinho os taninos acentuados incomodaram um pouco. Achei que, pelo preço, ficou devendo um pouco. R$60,00 no Verdemar. Nota: 87pts.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
"Depilação Masculina"
(Autor desconhecido)
"Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira, quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas "partes" íntimas.
Após alguns minutos ela veio com a seguinte ideia. Por que não depilamos os seus ovinhos, assim eu poderia fazer "outras coisas" com eles.
Aquela frase foi igual a sino na minha cabeça. Por alguns minutos fiquei imaginando o que seriam "outras coisas".
Respondi que não, que doeria coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação e eu imaginando as "outras coisas".
Concordei.
Ela me pediu que ficasse pelado enquanto buscaria os equipamentos necessários para tal feito.
Fiquei olhando para TV, porém minha mente estava vagando pelas novas sensações que só acordei quando escutei o beep do microondas.
Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plásticos. Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com ar de "dona da situação" que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se como residente.
Fiquei tranquilo e autorizei o restante do processo.
Pediu que eu ficasse numa posição de quase frango assado e liberasse o acesso a zona do agrião.
Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas de porcelana e achei aquela sensação maravilhosa.
O Sr. Pinto já estava todo "pinpão" como quem diz: "sou o próximo da fila!".
Pelo início fiquei imaginado quais seriam as "outras coisas" que viriam.
Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou ambos num plástico com tanto cuidado que eu achei que iria levá-los para viagem.
Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essa técnica de prazer. Na Thailándia, na China ou pela internet mesmo.
Porém, alguns segundos depois ela esticou o saquinho para o lado e deu um puxão repentino.
Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoro PUUUUTA QUEEEE O PARIUUUUU quase falado letra por letra.
Olhei para o plástico para ver se o couro do meu saco não tinha ficado grudado.
Ela disse que ainda restaram alguns pelinhos e que precisava passar de novo.
Respondi prontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!
Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fui para o banheiro.
Sentia o coração bater nos ovos.
Abri o chuveiro e foi a primeira vez que eu molhei o saco antes de molhar a cabeça.
Passei alguns minutos só deixando a água gelada escorrer pelo meu corpo.
Saí do banho, mas nesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho novo, faz merda atraz de merda.
Peguei o meu gel após barba com camomila "que acalma a pele", enchi as mãos e passei nos ovos.
Foi como se tivesse passado molho de pimenta!
Sentei no bidé na posição de "lava a checa" e deixei o chuverinho acalmar os dois. Peguei a toalha de rosto e fiquei abanando os ovos como quem abana um boxeador no 10º round.
Olhei para o meu pinto. Ele tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia irmão gêmeo do meu umbigo.
Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e pergunta se eu estava passando bem.
Aquela voz antes tão aveludada e sedutora ficou igual a uma gralha.
Saí do banheiro e voltei para o quarto.
Ela estava argumentando que os pentelhos tinham saído pelas raízes, que domoraríam a voltar a nascer.
Pela espessura da pele do meu saco, aqui não nasce nem penugem, meus ovos vão ficar que nem os das codornas, respondi.
Ela pediu para olhar como estavam.
Eu falei para olhar com meio metro de distância e sem tocar em nada, e se ficar rindo, vai entrar na PORRADA!
Vesti a camiseta e fui dormir (somente de camiseta).
Naquele momento sexo para mim nem para perpetuar a espécie humana.
No outro dia pela manhã fui me arrumar para ir trabalhar.
Os ovos estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros.
Foi estranho sentir o vento bater nos lugares nunca antes visitados.
Tentei colocar a cueca, mas nada feito.
Procurei alguma cueca de veludo e nada.
Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo.
Entrei na minha sessão igual a um cowboy cagado!
Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos.
E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomates maduros em qualquer superfície.
Resultado, certas coisas devem ser feitos somente pelas mulheres.
Não adianta tentar misturar os universos masculino e feminino.
domingo, 25 de outubro de 2009
Uma introdução à Grécia em grande estilo
São eles:
Branco:
Nome: Kali Gi
Produtor: Evangelos Tsantalis
Região: Chalkidiki
Uvas: Asyrtiko e Athiri
Safra: 2007
Tinto:
Nome: Nemea Reserve
Produtor: Evangelos Tsantalis
Região: Chalkidiki
Uva: Agiorgitiko
Safra: 2004
Que grata surpresa!!! O branco é um vinho de coloração palha brilhante, aromas suaves e delicados de maçã verde e pera. Na boca outra surpresa - Amêndoas, além de maçã verde, pera e lichia. Cheguei a comentar que me lembrou um Frangélico. Bem suave porém com uma refrescância marcante. Custo: R$27,00 (no Verdemar). Nota: 86pts.
O tinto também nos reservou surpresas. Apesar de uma boa evolução na garrafa (safra 2004), este vinho apresentou características de vinho jovem, porém com um bom corpo e taninos macios. Uma coloração rubí intensa (quase lembrando um jovem beaujolais), aromas de frutas negras maduras e uma madeira bem equilibrada (características de vinhos mais velhos). No início o final de boca não estava muito agradável, mas com cerca de 40 minutos no decanter ele abriu de forma sensacional revelando toda a robustês deste vinho. Custo: R$35,00 (no Verdemar). Nota: 88pts.
Dois exemplares de excelente custo/benefíco e uma boa opção para quem quer conhecer um pouco deste fantástico país.
Para acompanhar, o branco harmonizou muito bem com um gruyere. Já o tinto acho que merecia uma carne vermelha ou talvês uma massa mais condimentada mas, como nós não planejamos a harmonização, fizemos champignons frescos com molho de creme de leite e alho servidos com pão francês que harmonizou relativamente bem com este vinho.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Casa Valduga Elegance 2008 - demisec
Harmonizou muito bem com um brie que, diga-se de passagem, sem querer fazer fazer propaganda, até porque não ganho nada com isso, é um dos melhores Brie que eu já comí, da marca Cruzília. Ele tem uma casquinha crocante por fora e um recheio bem cremoso por dentro, chega a escorrer quando se corta.
Nota do vinho: 84pts. Nota do Brie: 90pts
Ventoleira - Sauvignon Blanc 2006
sábado, 3 de outubro de 2009
Uma volta ao mundo em quatro vinhos!
Iniciamos com um Procceco Italiano Monpellium - Cabernet Sauvignon extra dry, já descrito neste blog anteriormente, iniciamos em grande estilo.
Depois tomamos um rosê francês de syrah - Les Bateaux (Languedoc) 2007. Um vinho de excelente custo/benefício, com um corpo muito bom para um rosê, aromas de cereja intenso e amoras, presentes de forma muito agradável também no seu sabor. Nota: 88pts
Continuamos a viagem saíndo da europa e pousando na Africa do Sul, com um Assemblage de Syrah com Pinotage 2006 - Arniston Bay. Um vinho diferente. Encorpado, sabor marcante. Não sei se neste momento nosso teor alcólico já não era dos menores, mas o Ricardo conseguiu encontrar um sabor de "Hipoglós"!!!! O pior é que eu concordei!!!rsrsrs. Considerando este aspecto um tanto quanto, digamos, diferente, achei que este vinho não foi assim tão surpreendente quanto os dois iniciais. Nota: 82pts.
Terminamos nosma volta ao mundo de forma glamurosa. Kilikanoon Shiraz 2005 - South Australia. Que vinho fantástico!!. Um equilíbrio deslumbrante entre madeira, frutas vermelhas e maduras, taninos macios e aveludados, persistência, enfim, certamente um dos melhores vinhos que eu já tomei. O preço não é dos melhores mas também nada estratosférico. Nota: 94pts
"Este é o cara, quero dizer, o vinho...!!!!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
VI Edição do Concurso de Espumantes Brasileiros
Aconteceu em agosto na cidade de Garibaldi o VI Concurso Brasileiro de Espumantes - uma competição a cada edição mais acirrada pela qualidade dos participantes, vindos de 66 vinícolas de todo o Brasil.
O concurso, promovido nos anos ímpares pela ABE (Associação Brasileira de Enologia), reuniu 65 degustadores, divididos em dois dias de provas - em que 205 amostras de espumantes passaram pela avaliação de enólogos, enófilos e jornalistas especializados.
Com vendas em bom rítimo no mercado interno e externo, a produção de espumantes se esmera em cuidados para continuar competindo com as novas marcas que surgem nas mais variadas regiões do país; fato comprovado durante o concurso.
O pódio final revelou uma grande medalha de ouro para o espumante que conseguiu dos jurados mais de 94 pontos - entre os 100 possíveis. Coube à tradicional vinícola Dal Pizzol (Bento Gonçalves) o lugar mais alto com o seu espumante "Do Lugar Brut Charmat", além de mais duas medalhas de ouro para os espumentes "Dal Pizzol Brut" e "Do Lugar Moscatel".
Ao todo foram premiados com a medalha de ouro 48 marcas (obtiveram notas acima de 88 pontos) e 13 com medalha de prata (notas entre 84 e 87 pontos).
O espumante "Do Lugar Brut Charmat" (R$32,00) combina as uvas Pinot Noir e Chardonnay da serra gaúcha, com aromas delicados de abacaxí, pêssego e floral. Uma boa perlagem, com uma cor amarelo pálido e boa permanência.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Merlot
No novo mundo as principais regiões produtoras estão nos Estados Unidos, particularmente na Califórnia e Washington. O Chile e o Brasil também são regiões onde a produção de Merlot está em franca ascensão.
Seus aromas e sabores passam pelas frutas vermelhas maduras (amoras e ameixas pretas), cassis, chocolate, café e, as vezes, couro. É um vinho macio com acidêz e taninos bem equilibrados.
Os vinhos de Merlot, na maioria, devem ser bebidos jovens, porém os grandes Pomerol ganham complexidade com o tempo.
Harmonizam muito bem com carnes grelhadas, em especial o cordeiro. Também com queijos de massa amarela e mais condimentados.
Com raras excessões, é um vinho que deve sempre ser bebido acompanhado de uma boa harmonização, não é um vinho para se tomar sozinho.
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Degustação as cegas de Merlot com cordeiro
-Varietais 100% merlot.
- Se possível, o mais semelhante possível em termos de envelhecimento em barris e safras não muito distantes uma das outras.
-Três terroirs diferentes.
Os vinhos escolhidos foram:
1) Chateau Bardineau 2004, França. Um bordeaux varietal de Merlot (não conseguimos identificar ao certo quanto tampo de envelhecimento em barricas)
2) Salton Talento 2006, Brasil. Varietal de Merlot (12 meses de envelhecimento em barricas)
3) Santa Ema 2007, Chile. Também 100% Merlot (6 meses de envelhecimento em Barricas)
O Cordeiro foi marinado por 4 horas com vinho Merlot, alecrim, mangericão, salsinha e tempero de alho e sal. Acompanhado de arroz branco e cebolas caramelizadas ao molho merlot.
Num total de seis pessoas, foi feito inicialmente uma degustação sem harmonização para identificarmos os aromas, sabores e procedência dos vinhos, lembrando que nenhum dos participantes sabiam qual vinho estavam tomando. Foi dado um nota a cada um deles (entre 80 e 100). Depois foi servido o prato e então perguntado qual deles harmonizava melhor com o prato servido.
A experiência foi sensacional. Eu, particularmente, sempre quiz fazer uma degustação às cegas incluindo um vinho Brasileiro e outro Francês. O propósito seria quebrar alguns mitos e preconceitos, ou talvêz até acentuá-los.
O vinho que recebeu maior pontuação foi o Salton Talento (Brasil), quatro pontos a frente do Chileno e vinte e um pontos a frente do Francês.
No quesito harmonização houve um empate entre os três vinhos ( 2 votos para cada).
Descrevo agora a minha avaliação dos vinhos:
Chateau Bardineau 2004 - Apenas cinco anos de garrafa mas já com coloração mais atijolada, o que me causou já uma certa surpresa, pois cinco anos é um tempo curto para um envelhecimento tão acentuado. Pouco aromático, com tons leves de café, baunilha e madeira. Pouco encorpado. Na minha avaliação um vinho sem brilho. Nota: 82 pts.
Salton Talento 2006 - Um vinho completamente diferente do primeiro. Uma cor vermelho rubí vibrante, aromas de baunilha, café, frutas vermelhas e ameixa. A medeira esta um pouco acentuada (12 meses). Na boca um equilíbrio marcante entre o sabor das frutas e a madeira. Um vinho mais encorpado, taninos presentes e aveludados. Evolução muito boa na garrafa, provavelmente estando no seu melhor momento. Como a maioria dos vinhos nacionais de qualidade perca no quesito preço. Nota: 89 pts.
Santa Ema 2007 - Certamente um vinho ainda jovem e que prescisa de uma evolução de alguns anos na garrafa. Aromas marcantes de madeira e frutas vermelhas maduras. Taninos ainda rudes e com uma acidês que incomodava um pouco (vinho jovem ainda). Apesar disso, na minha opinião, foi o que hormonizou melhor com o cordeiro. Nota: 88 pts.
O cordeiro foi muito elogiado e realmente focou muito bom, de sabor suave e conscistência bem macia. Segue a receita:
Para 6 pessoas
-2 unidades pequenas de pernil de cordeiro que foram desossadas depois de descongeladas
-1 xícara de vinho Merlot
-alecrim
-mangericão
-salsinha seca
-pimenta do reino moída na hora
-tempero de alho e sal
Misturar todos os temperos e fazer uma marinada com a carne. Deixar na geladeira por 4 horas. Cobrir com papel alumínio e colocar para assar por 2 horas, retirando o papel alumínio nos últimos 30 minutos para secar o molho. Durante o cozimento regue a carne com o molho.
Cebolas caramelizadas:
-O quanto baste de cebolas cortadas em rodelas
-manteiga
-3 a 4 colheres de açúcar
-1 xícara de vinho merlot
Em uma panela derreta a manteiga e coloque a cebola. Quando ela estiver macia coloque o vinho e o açúcar e deixe cozinhar até que a cebola adquira a cor do molho e ele engrosse levemente.
Na minha avaliação o melhor vinho foi o nacional, quebrando um certo preconceito que eu tinha sobre vinhos brasileiros. Já em relação ao vinhos franceses, que me desculpem os experts em vinhos e apaixonados pelos franceses, mas eu ainda não conseguí tomar um vinho francês que realmente me encantasse, como muitos chilenos, californianos, potugueses, australianos, etc...
A experiência de se degustar as cegas é extremamente didática e certamente repetiremos mais vezes.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Anakena - Pinot Noir - 2007
Nota: 88pts Custo: R$45,00
domingo, 30 de agosto de 2009
Vin D´alsace - Gewrztraminer 2007
Sua harminização também foi perfeita. Iniciamos com pernas de centolha argentina regada ao molho de manteiga derretida que ficou maravilhoso. Depois derretemos um Brie francês em uma panela de fondue em fogo brando e associamos uma geléia de damasco, servido em fatias de pão. O resultado foi algo indescritível. O casamento perfeito! Com certeza repetirei esta experiência outras vezes.
A Alsácia é uma das raras regiões vinícolas do mundo dedicadas quase que exclusivamente aos vinhos brancos. Embora por lei a Alsácia seja uma região vinícola francesa, durante vários períodos do passado pertenceu à Alemanha. Também é uma região vinícola tão encantadora que poderia ter surgido diretamente de um conto de fadas. Os vinhedos são banhados pelo sol. e as casas parcialmente construídas em madeira, são alegremente adornadas com canteiros de flores, tendo como pano de fundo os Montes Vosges. As uvas mais importantes são: rieling, gerwustraminer, pinot gris, muscat e pinot blanc. Por lei, todos os vinhos da Alsácia devem ser engarrafados em garrafas compridas e afuniladas chamadas de "flutes d´alsace".
sábado, 29 de agosto de 2009
Luigi Bosca La Linda - Tempranillo 2006
A Tempranillo constitue a cepa chefe da maioria dos vinhos tintos espanhóis importantes, inclusive o Rioja, o Ribeira Del Duero e os bons crus da Catalunha. Ao longo de toda península ibérica ela tem diversos nomes, entre eles Tinta Roriz em Portugal. O Rioja é o mais conhecido dos vinhos à base de Tempranillo. Nele a cepa não é utilizada sozinha, mas nos melhores vinhos de Rioja ela é frequentemente majoritária. Desenvolve-se particularmente bem nas regiões de pluviosidade moderada de Rioja Alta e Rioja Alavesa, e sua maturação precoce convém às zonas de altitude de Rioja e Ribeira Del Duero, que apresentam clima fresco e solos calcários.
A Tempranillo continua sendo fundamentalmente espanhola, e em outras partes do mundo só existe em quantidades limitadas. Além de Portugal, o único país a cultivar áreas importantes dela é a Argentina.
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Vinhos Carmenère Chileno ganham destaque em evento
por Carlos Alberto Barbosa
Anualmente a Pro Chile, agência que promove exportações chilenas no mundo, realiza no Brasil uma série de ações que buscam dar visibilidade aos negócios internacionais envolvendo os dois países. Não é a toa que faz parte das ações um evento de degustações de vinhos que percorre, anualmente, mais de uma capital brasileira. Em São Paulo, por exemplo, na última quarta-feira, dezenas de produtores chilenos, com ou sem importadores no Brasil, ofereceram ao público especializado, degustações de diversos rótulos, entre eles, foi possível provar uma grande diversidade de exemplares elaborados a partir da Carmenère. Desde cortes até vinhos produzidos exclusivamente com ela em diferentes faixas de preços. A uva passa do anonimato para embaixadora do vinho chileno no mundo.
Entre os vinhos chilenos disponíveis, os da uva Carmenère tornaram-se emblemáticos. Tornou-se rapidamente a uva símbolo do Chile, apesar do seu cultivo ser ainda um tanto modesto no país quando comparado a outras castas tintas. A Carmenère ocupa hoje uma área cultivada de aproximadamente sete mil hectares, anquanto Cabernet Sauvignon tem 40 mil e o Merlot, 13 mil hectares.
Sua fama não se deve ao tamanho da áreas cultivadas, mas sim à própria peculiaridade de sua existência. Dada como casta em extinção, após a disseminação da filoxera, praga que dizimou vinhedios na Europa no século XIX, a Carmenère foi redescoberta no Chile em meados do anos 90, quando o pesquisador francês Jean-Michel Boursiquot a identificou, diferenciando de variantes da uva Merlot, no caso a Merlot Chileno. Essa identificação, conforme escreveu Antony Rose em artigo para a revista britânica Decanter, gerou, inicialmente, certo temor em declarar no rótulo que o vinho era elaborado com uvas Carmenére, principalmente após tantos anos com rótulos com o nome Merlot encobrindo a nova casta identificada. Em 1996 a Viña De Martino lançou o primeiro rótulo de varietal Carmenère, o Santa Ines Carmenère. Daí em diante foi caminho sem volta. Em 1998, a Carmenère foi oficialmente reconhecida pelas autoridades chilenas, e em 1999 os vinhos da casta já eram exportados para a Europa.
Os vinhedos de Carmenère passam então a receber os cuidados e aprimoramentos técnicos das demais castas já consagradas, resultando em vinhos de qualidade. Ao sair do papel de coadjuvante na elaboração de cortes de muitos dos grandes vinhos para assumir um papel solo, a uva também ganhou status de representante dos vinhos do Chile.
Negócios
O Chile é hoje o principal fornecedor de vinhos importados para o mercado brasileiro. Em 2008, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (IMBRAVIN), o Brasil importou perto de 58 milhões de litros de vinho, dos quais 19 milhões eram chilenos. Esses números colocam o Brasil como quarto principal destino do vinho chileno no mundo em volume de exportação.
Segundo Ricardo Moyano Monreal, diretor comercial da Embaixada do Chile no Brasil, o Brasil é o terceiro parceiro comercial do Chile, e o Chile é o sétimo do Brasil. É bem verdade que boa parte delas passa pela mineração, mas o vinho não fica atrás.
Embora o país esteja entre os dez produtores mundiais de vinho, a bebida, segundo relatórios do Pro-Chile, ocupa algo como a vigêsima posição no ranking de produtos de exportação do país. Mas então, porque trabalhar o vinho em eventos de promoção das exportações chilenas?
Eu arriscaria dizer que além dos interesses comerciais é também uma questão de imagem. Caso pergunte a um brasileiro que transite entre as prateleiras de um supermercado sobre o que lhe vem à mente quando se mensiona o nome do país andino, quase certo que a sua resposta será vinho, e não cobre. Ou seja, mesmo sendo o cobre uma importante fonte de receita para o Chile, sua marca na memória do brasileiro comum é o vinho.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Curso de Vinhos Assemblage
Aconteceu ontem na Casa do Porto o último capítulo do Curso sobre vinhos Chilenos com o tema "Vinhos de corte são mais divertidos! ". administrado pelo somelier Ariel.
O termo Assemblage proveniente da lingua francesa, não tem uma tradução exata no português, mas pode ser defido como uma "mistura", a arte de combinar sabores, aromas e complexidade com a finalidade de assegurar a constância da qualidade de um vinho. Muitas vezes pode ser feito a mistura de vinhos, de uvas, de uvas cultivadas em solos e climas diferentes e até de safras diferentes.
Alguns questionamentos foram feitos durante a aula que acho interessante discutí-los um pouco mais.
- O enólogo que produz vinhos assemblage tem toda a liberdade de literalmente "brincar" com com a composição do vinho que produz, isso não poderia, de certa forma, mascarar certos erros de produção ou imperfeições de safras que tornariam este vinho de qualidade inferior?
-Qual vinho traduz, ou expressa melhor toda a qualidade do terroir em que foi produzido, o varietal ou o assemblage?
São questões muitas vezes polêmicas e de difícil resposta. Na minha humilde opnião o vinho varietal expressa melhor a qualidade do terroir por ter tido menor influência do enólogo na sua produção. No assemblage, como dito acima, o enólogo pode fazer correções de acordo com as necessidades, ou seja, se determidada uva presente na composição de um vinho não teve as condições ideais na sua safra, o enólogo aumenta, diminue ou acrescenta outras uvas no intúito de minimizar os efeitos daquela que não teve uma safra ideal. Como o vinho varietal tem que ter uma predominância absoluta de uma única uva, as correções decorrentes de acidentes ou imperfeições na safra são bem limitadas, o que, certamente, fará com que estas características estejam presentes no produto final.
Não é minha intenção aqui dizer se um é melhor que o outro ou não. Cada um tem suas qualidades e defeitos. Tanto existem varietais de excelente qualidade como também existem os medíocres. O mesmo pode ser dito dos assemblages.
Para aqueles que se iniciam no estudo dos vinhos, acho que os vinhos varietais são mais didáticos, principalmente para aprendizagem de aromas e sabores característicos das várias uvas disponíveis no mercado.
Gostaria que nossos colegas seguidores colocassem suas opniões a respeito do assunto.
Foram degustados cincos vinhos descritos a seguir:
Villa Francioni - Assemblage 2005
Vinho feito com um corte de cabernet sauvignon, merlot, babernet franc e malbec. Envelhecido 18 meses em barricas de carvalho francesas, o que dá a este vinho um aroma e sabor de carvalho bem marcante. Além do aroma de madeira, nota-se também café tabaco, tostados. Pouco aroma de frutas. É um vinho elegante porém sem muita opulência. Nota: 87 pts
Chateau Le Grand Verdus 2005 - Bordeaux
Corte de Merlot (60%), cabernet sauvignon (25%), cabernet franc (15%), com 12 meses de barrica. Nota-se um vinho um pouco mais equilibrado com a madeira mais equilibrada com os sabores de frutas vermelhas e baunilha. Também apresentou-se levemente mineral. Um bom corpo porém sem muita opulência. Nota: 88 pts
Carpe Diem Terra Roja 2004
Corte: Cabernet franc (30%), syrah(30%), cobernet sauvignon (15%) e merlot (17%). Apesar dos 24 meses de envelhecimento em barrica, a madeira está em perfeita harmonia na estrutura deste vinho. Encorpado, cam taninos presentes e macios, aromas de frutas negras, especiarias, café e tabaco se intragram numa elegância marcante. O teor de alcool mais elevado (14,5%) não chega a incomodar. Nota: 89 pts
Sigla II - 2006
Em sua segunda versão ( primeira foi em 2003 ), o vinho Sigla segue o seu caminho como projeto independente de quatro jovens enólogos, produzindo cerca de 9000 garrafas numeradas. Seu corte se compõe de Cabernet sauvignon, Cabernet franc, petit verdot e Syrah. Um vinho encorpado, "musculoso", de aromas fortes de especiarias, frutas vermelhas, eucalipto e tabaco. Um vinho apaixonante! Nota: 90 pts
Antiyal 2006
Rotulado pelo próprio enólogo Alvaro Espinoza como um "vinho de garagem", com um carater artezanal bem marcante, este vinho biodinâmico envelhece 12 meses em barrica de carvalho. Apresenta um equilíbrio muito bom entre a madeira e os aromas de frutas, café, tostados e especiarias. Composto por carmenere (44%), cabernet franc (34%) e Syrah (22%). Na minha opinião peca somente no preço. Nota: 89 pts
Próximo encontro marcado na Casa do Porto em 23 de setembro com o tema: "O fabuloso mundo dos vinhos brancos", imperdível!!!!
sábado, 22 de agosto de 2009
Caipira tomando vinho.....!!!
Monpelium - prosecco com Carpaccio
Um espumante italiano, rosê, extra dry, produzido com 75% de uva prosecco e 25% de Cabernet Sauvignon. Experimentei-o na Casa do Porto ontem e achei que "vale o quanto pesa".
Preço: R$49,00. A associação com a Cabernet Sauvignon deu um corpo muito interessante a este vinho. Aromas de maçã e cereja são bem evidentes. Peca um pouco na perlagem que não é muito intensa. Nota: 88pts.
Teve uma harmonização bastante interessante cuja receita eu fiz questão de anotar para divulgar neste blog. Eu gosto muito de Carpaccio. Na minha opinião, acho que o tempero do Carpaccio deve ser bem simples, sem exageros, se não, fica uma quantidade enorme de sabores que se misturam e faz uma verdadeira "massaroca"... rsrsrs.
A receita do tempero do carpaccio da Casa do Porto é a seguinte:
Salsinha
Alcaparras
Azeite de boa qualidade extra virgem
Queijo grana padano ralado
Massere tudo (menos o queijo) em um pilão ou bata levemente num liquidificador. No caso do liquidificador deve-se ter cuidado para não bater em exagero para não virar maionese. O ideal mesmo é um pilão.
Coloque o Carpaccio em um prato espalhe o molho por cima em toda a sua extenção. Polvilhe queijo grana padano ralado por cima do molho.
Pronto. Coma com um pão de boa qualidade acompanhado deste Prosecco.
É muito bom!!!!!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Torrontés - O perfume dos Andes
Hoje ela é cultivada quase que exclusivamente na Argentina sendo, juntamente com a Malbec, uma uva emblemática deste país. A principal região produtora se localiza em Salta, aos pés da cordilheira dos Andes.
De excelente custo/benefício, os vinhos da uva torrontés têm um aroma que encanta e refletem intensamente o frescor das geleiras andinas.
Os toques florais chegam a perfumar o ambiente e evidenciam o caráter frutado deste vinho, com pouca, ou nenhuma madeira associada. Sua coloração vai do palha brilhante ao dourado e sua acidêz é bastante equilibrada.
São vinhos para se beber jovens com pouquíssima capacidade de guarda. Harmonizam muito bem peixes, saladas, frutos do mar, comidas orientais e Fondue de queijo. Sempre servidos a uma temperatura entre 8 e 10°c.
Dois excelentes produtores desta casta são: Bodega Colomé (cujas videiras se localizam entre 2200 e 3000 metros de altitude) e Luigi Bosca (La Linda) cujos preços giram em torno de R$45,00 a garrafa.
sábado, 15 de agosto de 2009
Borgo Scopeto 2002 (Chianti Classico)
Um elegante representante da região da Toscana na Itália, o Chianti Clássico é uma das sete províncias dentro dessa denominação de origem controlada e garantida (Classico, Colli Aretini, Colli Fiorentini, Colline Pisane, Colli Senesi, Montalbano e Rufina). Composto pela uva Sangiovese, este vinho evoluiu muito bem na garrafa e apresenta-se agora com uma coloração mais atijolada, típica de vinhos mais velhos. Um aroma bem amadeirado, acompanhado de baunilha, café e tostados. Na boca um vinho elegante com o sabor do carvalho bem pronunciado, se sobressaindo sobre os sabores da fruta. Taninos bem delicados, com um bom corpo e ótima persistência. Nota: 88pts
A região onde é produzida o Chianti Clássico é um local de beleza inspiradora. Os vinhedos dividem as colinas com bosques de oliveiras, ciprestes, pinheiros, castelos e seculares casas rurais de pedra.
Por lei o Chianti Clássico deve ser composto de 75 a 100% de Sangiovese, até 10% de Canaiolo, até 15% de outras uvas tintas (inclusive Cabernet Souvignon e Merlot) e até 6% de uvas brancas (Trebiano ou Malvásia). O “Riserva” também deve seguir essas porcentagens, exceto que não são permitidas uvas brancas.
Os melhores Chianti Clássico básicos tem sabores de ameixas e cerejas secas, e às vezes um toque de sal e especiarias. Os Chianti mais estruturados, complexos e elegantes são os Chianti Clássico Riserva, por lei amadurecidos por, pelo menos, dois anos em madeira e envelhecidos três meses em garrafa. Em geral, os Riserva só são produzidos em anos de melhores safras e com uvas provenientes de vinhedos selecionados.
A origem do símbolo do Galo Negro vem ainda da idade medieval, quando as cidades de Florença e Siena lutavam pela posse das terras entre as duas cidades. Área que hoje contém as provícias da denominação de origem do Chianti. Diz a lenda que as duas cidades, cansadas de tantas batalhas sangrentas, decidiram determinar a fronteira entre elas de uma maneira bem singular. Cada uma delas deveria escolher um cavaleiro e vesti-lo com as cores da sua respectiva cidade. Também cada uma delas deveria escolher um galo para, com o amanhecer, dar o sinal de partida para o cavaleiro com o seu canto matinal. No lugar onde os dois cavaleiros se encontrassem deveria ser marcado a fronteira entre as duas cidades. Siena escolheu um galo branco e Florença escolheu um galo negro. O galo de Florença começou a cantar antes do amanhecer, permitindo que o cavaleiro de Florença começasse a cavalgar primeiro que o cavaleiro de Siena, dando a ele uma boa vantagem. Os dois se encontraram a uma distância de apenas 12 quilômetros de Siena, dando a Florença o domínio de quase a totalidade dessa região. Por isso os produtores dos vinhos Chianti decidiram homenagear o galo negro colocando-o como símbolo do Chianti Clássico.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Lista dos 10 melhores destinos turísticos de vinho segundo a revista Forbes
Ciente disso, a revista americana Forbes, especializada em finanças, publicou recentemente a lista dos 10 melhores destinos (destacando sempre as vinícolas) para os turistas que viajam o mundo em busca de vinhos.
Elaborada por George Taber, a reportagem intitulada "A busca por Baco: Descobertas no Mundo Maravilhoso do Vinho", revela a seguinte classificação:
1° - Castello Banfi, Toscana, Itália
Inaugurada por um importador norte-americano, a vinícola Banfi é uma das mais belas da Toscana, além de contar com um suntuoso castelo e ótimos restaurantes.
2. Montes, Vale do Colchagua, no Chile
Montes está entre as mais famosas vinícolas chilenas, ainda assim, garante a revista, não perdeu a excentricidade. "É o único lugar do mundo que conheço onde as uvas são maturadas com cantos gregorianos sendo entoados ao fundo.
3. Ken Forrester, Stellenbosch, África do Sul
A região de Stellenbosch é considerada uma das mais belas do mundo. O clima é mediterraneo e o cenário se assemelha bastante ao Vale do Napa, na Califórnia. O produtor Ken Forrester passou anos visitando o Vale do Loire antes de aplicar seu conhecimento dentro de casa.
4. Fournier, Mendoza, Argentina
Na Fournier, que fica cerca de 16 quilômetros dos Andes, avista-se a neve da cordilheira ao longo do ano inteiro. A vinícola tem design moderno e está localizada no meio do deserto.
5. Leeuwin Estate, Margaret River, Austrália
Margaret River está mais perto de Cingapura do que de Melbourne, o que significa uma longa viagem. "A bela paisagem com florestas antigas é tão isolada que quase não se encontra pessoas", diz Taber.
6. Felton Road, Central Otago, Nova Zelândia
Relativamente nova no mundo dos vinhos, Central Otago é a região produtora de vinho que fica mais ao sudeste do planeta.
7. Bodegas Ysios, Rioja, Espanha
Famosa por sua arquitetura, a Bodegas Ysios ainda produz ótimos vinhos.
8. Quinta do Portal, Douro Valley, Portugal
Chega-se a essa vinícola depois de dirigir por estradas estreitas. "O hotel da região tem uma vista Linda", nota Taber.
9. Chateau Lynch-Bages, Bordeaux, França
Bordeaux sempre foi famosa por produzir os melhores vinhos do mundo. A região, contudo, não era reconhecida por suas belezas naturais nem, tão pouco, por proporcionar uma experiência turística amigável. O Chateau Lynch-Bages oferece agora um hotel, bons restaurantes e ofertas de compras.
10. Peter Jakob Kuhn Oestrich, Rhein/Mosel, Alemanha
É um dos destinos mais românticos do mundo, com castelos no alto das montanhas e muita hospitalidade. Os vinhos atuais são melhores e mais consistentes.
sábado, 8 de agosto de 2009
Porca de Murça 2006
Um dos vinhos mais vendidos em Portugal, o Porca de Murça, colheita 2006 é um vinho bem interessante no quesito bom e barato. Produzido na região do Douro (em uma denominação de origem controlada) pela Real companhia Velha em Nova Gaia, Portugal, tem um corte de Touriga Nacional, Touriga Francesa, Tinta Roriz,Tinta Barroca e Tinto Cão. O enólogo responsável é Francisco Montenegro. De coloração rubí média, aromas de frutas vermelhas, bem fresco, com presistência média e taninos equilibrados, fazem deste vinho um boa opção para o dia-a-dia ou para se iniciar uma noite com amigos como primeiro vinho. Nota: 84pts. Custo médio: R$20,00
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Vertical de Almaviva na Casa do Porto
Aconteceu ontem na Casa do Porto mais um daqueles memoráveis encontros, que sempre acabam com um gostinho de "quero mais...". Estiveram presentes o enólogo responsável pela produção do Almaviva e do Escudo Rojo, Sr. Michele Friou juntamente com o diretor presidente do grupo Baron Philippe Rothchild no Chile, Sr. Frederic de Geloes.
A degustação se iniciou com o Escudo Rojo 2007, um vinho robusto, elegante e marcante. Ainda um pouco jovem, mas certamente um grande vinho. Nota: 89pts.
Passou-se então a uma fantástica vertical do Almaviva, iniciando-se com a safra 1998, 2001, 2002 e 2004. O lendário Almaviva, presente na lista de desejos de consumo de todo enófilo que se preze, é fruto de uma "Joint Venture" entre o grupo Baron Philippe Rothschild e a Concha y Toro, maior vinícola do Chile. O nome Almaviva provém da literatura francesa. "El conde de Almaviva" é o nome de uma famosa obra de Le Beumarchais, autor também da famosa obra "O barbeiro de Sevilha (1775).
O Almaviva 1998, um corte de 72% de Cabernet Sauvignon, 26% de Carmenere e 2% de Cabernet Franc, mostrou ser um vinho com um bela capacidade de envelhecimento. Mesmo não sendo uma das melhores safras em termos climáticos o vinho mostrou uma satisfatória evolução na garrafa. Já com uma coloração mais atijolada, uma aroma bem marcante do carvalho, baunilha, café e tostados, este vinho mostrou-se na boca com taninos bem suaves e um retrogosto bem aveludado. Nota: 90pts
A safa 2001 foi um ano com uma grande quantidade pluviométrica, causando uma colheita de mais estrutura e concentração. O corte ficou em 70% de Cabertnet Sauvignon, 27% carmenere e 3% de Cabernet Franc. O aroma de carvalho está mais harmonioso com os aromas de frutas vermelhas e florais. Taninos mais presentes porém elegantes. Um vinho com muita força e arrogância. Persistencia muito boa. Nota: 91pts
Bem semelhante ao 2001, apresentou-se a safra 2002. Um vinho bastante equilibrado, encorpado, taninos elegantes, boa persistência e retrogosto aveludado. Nota: 91 pts.
Já com um potencial apaixonante, a safra 2004 veio com um corte apenas de Cabernet Sauvignon (72%) e Carmenere (28%). Um vinho que já nasceu grande e com um potencial de guarda excepcional. Na boca mostrou com perfeição a integração emtre o carvalho francês e os sabores das frutas vermelhas como o morango e cerejas. Taninos um pouco mais acentuados devido a sua jovialidade. Nota:92pts
Para um "gran finale" a Caso do Porto nos brindou com uma garrafa do Chateau Mouton Rothschild safra 1999. Este maravilhoso 1er cru composto por um corte de Cabernet Sauvignon (86%), Merlot (12%) e Cabernet Franc (2%), mostrou toda a riqueza de aromas e sabores de um grande Bordeaux. Um vinho rico, intenso de prazeres e extremamente aveludado. Nota: 94pts.
Meus parabéns à Casa do Porto por esta noite maravilhosa e memorável, digna da grandeza e da competência desta empresa.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Aromas Exóticos?
Vou descrever agora alguns aromas, um tanto quanto esquisitos com suas respectivas explicações. Texto retirado do livro " A Bíblia do Vinho" de Karen MacNeil.
Aroma de banana: Subproduto da fermentação melolática, processo durante o qual o ácido málico, que tem um profundo retrogosto, é convertido em ácido lático, mais suave.
Aroma de Band-aid: Uma das manifestações do Brettanomyces (leveduras que podem estragar o vinho).
Aroma cáustico: Sinal de excesso de dióxido de enxofre, que é usado como conservante. É usado no vinhedo para proteger as parreiras do míldio e do mofo, e na vinícola para proteger as uvas e o sumo das uvas do oxigênio, de leveduras indesejáveis e de bactérias que podem estragá-los.
Aroma de aspargos enlatados: Encontrado muito comumente nos Sauvignon blancs de má qualidade. Muitas vezes é um sinal de que as parreiras não foram cultivadas com cuidado e que as uvas foram apanhadas antes de totalmente maduras.
Aroma de meias sujas: Pode resultar da contaminação por bactérias ou barris sujos.
Aroma falso de manteiga ou azeite: Resultado do excesso de acetila, componemte amanteigado que se forma durante a fermentação primária, quando o açúcar das uvas se converte em alcool, e também durante a fermentação melolática.
Aroma de manta de cavalo ou estrume: Sinal da presença de Brettanomyces, as vezes chamada de Brett, uma levedura que estraga o vinho. Alguns produtores acham que uma leve sugestão deste aroma seja atraente.
Aroma de bolor: Estragos causados por bactérias, uvas mofadas ou barris sujos.
Aroma de removedor de esmalte: Sinal de acetato etílico, um componente de cheiro áspero que pode ser formado quando o ácido acético comum do vinho combina com o etanol.
Aroma de ovo podre: Ácido sulfídrico, gás de cheiro desagradável, que pode ser criado durante ou no final da fermentação. Resulta de uma excessiva quantidade de enxofre aplicada tardiamente as parreiras, em geral para evitar o apodrecimento.
Entre outros tantos como, fricção de alcool,chucrute, gambá, vinagre, cartolina molhada ou cão pastor!!!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Terras de Xisto - Alentejo - Portugal 2007
sábado, 25 de julho de 2009
De Martino - Legado Syrah
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Syrah, a "pimentinha" notável!
Hoje em dia a Austrália vem se destacando mundialmente na produção deste vinho, graças a um terroir bem propício ao cultivo, tornando-se a uva símbolo deste país. Também merecem destaque a Nova Zelândia, o Chile, a Argentina, a Califórnia (USA) e Africa do Sul. O Brasil também está produzindo bons vinhos de Syrah, plantada no Vale do São Francisco, onde ela teve uma boa adaptação ao solo e clima.
Geralmente é engarrafada em garrafas do tipo borgonhesa, mais gordinha. Esta garrafa é muito usada em uvas mais aromáticas, como a Pinot Noir, para acentuar ainda mais seus aromas.
Podem ser encontrados nos mais variados preços, que variam entreR$30 a R$40,00 até R$400,00 os vinhos premium.
Aurora - Colheita tardia
O vinho chamado de colheita tardia é feito com a uva bem madura que passou do ponto de colheita e, foi infectada com um fungo chamado "botrytis cinerea", isso mesmo, é feito com uma uva podre. Mas para que esta podridão seja "boa" é necessário que este apodrecimento tenho passado por condições climáticas ideais, ou seja, muita umidade pela manhã e bastante calor ao entardecer. Caso contrário esta podridão será ruim e esta uva não servirá para fazer vinhos.
Nota 88 pts.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Curso de Syrah na Casa do Porto
1º - Baron Phillipe Rothslield reserva Syrah 2007 ( Maipo Chile)
Um vinho mais simples porém honesto no que se propõe. Bem jovem, pouco aromático, notando-se discreta madeira ( 6 meses de barrica ) associado a frutas vermelhas e um discreto aroma de pimenta e pimentões vermelhos. Na boca apresentou-se bem alcoolico e com uma acidêz um pouco pronunciada. Um bom corpo com sabores da fruta e compota de amora. Um bom vinho para o dia-a-dia sem o poder de guarda. Nota: 85
2º - Trinity Hill 2004 ( Hawkes Bay - Nova Zelândia )
Um vinho que traduz bem o terroir da Nova Zelândia. Está bem maduro com uma coloração mais atijolada. Nota-se mais os aromas de madeira e pouco os aromas de fruta. Taninos bem discretos, quase não são percebidos. O sabor da madeira mescla-se com um leve toque apimentado.
Nota: 86
3º - Kuyen Orgânico 2006 ( Maipo Chile )
Com uma qualidade muito boa, o Kuyen é um vinho orgânico cujo rigor na produção envolve até um rótulo feito com material reciclável. Com uma cor rubí e um aroma equilibrado entre a madeira e notas picantes de pimenta do reino, pimentão, manga e caramelo. Bem ancorpado, com taninos suaves, acidêz ainda levemente aumentada. Nível de alcool bem adequado e sabores de compotas de frutas vermelhas e pimentas. Um bom vinho que merece uma guarda de mais 2 a 3 anos. Nota: 89
4º - Corrallilo Syrah 2006 ( San Antônio - Chile)
Um dos mais belos exemplares da viticultura chilena. Produzido em clima mais frio pela Matetic, ele apresenta-se muito bem estruturado, envelhecendo 12 meses em barricas de 2º uso. Seus aromas são bem marcantes e representam muito bem este terroir chileno. Nota-se um leve toque amadeirado, mesclado com pimenta do reino negra, café, caramelo e frutas vermelhas. Padrão este que se repete na explosão de sabor ao se experimentar este vinho. Nota: 91
5º - EQ Syrah 2006 ( San Antônio - Chile)
Também produzido pela Matetic, porém agora dom 18 meses de barrica. Apresenta as mesmas características do Corrallilo porém, por ter passado mais tempo em barricas, apresentou-se com um grau de acidêz maior e um retrogosto mais pronunciado. Nada que mais 2 ou 3 anos na garrafa não possam corrigir. Nota: 90
Já está marcado o próximo encontro na Casa do Porto dia 25 de Agosto cujo tema será Assemblages. Pergunta se não estarei lá !!!!!!!!!!!! rsrsrsrs